terça-feira, 29 de março de 2011

O símbolo perdido , romance de Dan Brown

O símbolo perdido, um programa que pretende desvendar os mitos, mistérios e verdades do último romance de Dan Brown. O lugar escolhido é Washington D.C., uma cidade planejada e alinhada com certas constelações. Explorando os mistérios ocultos da capital norte-americana, separamos os fatos da ficção.




Muitos dos mistérios, símbolos e descrições são reais, mas o autor também se vale da imaginação para compor sua história. É possível separar a fantasia da realidade? A cidade teria realmente uma origem mística, ligada à maçonaria? 
O livro O símbolo perdido apresenta várias questões sobre a maçonaria, seus membros e sua influência sobre a construção da capital norte-americana e sobre o mundo em geral. A trama tecida por Dan Brown entusiasma os amantes das teorias conspiratórias. Mas como separar a realidade da ficção? Para nos esclarecer sobre este assunto, fizemos uma entrevista com o presidente de uma das lojas maçônicas mais ilustres e bem-sucedidas da Flórida, a Hibiscus #275 Maçons Livres e Aceitos. Todos os governantes de lojas maçônicas possuem um título que distingue sua função e suas responsabilidades dentro da própria organização. Neste caso, a autoridade entrevistada é o "Venerável Mestre", Alfred Smith de Castroverde. 

Pergunta: É verdade que podemos encontrar símbolos maçônicos em toda parte?
Resposta: Sim, eles realmente existem, mas não se deve exagerar. Alguns maçons deixaram símbolos e edifícios a longo da História para que as futuras gerações de adeptos pudessem entender como e por que algo foi feito. No entanto, é importante compreender que o ser humano, por sua própria natureza, tem uma tendência a buscar padrões e repetições. Um exemplo claro são as nuvens. Uma mesma nuvem pode ser vista e percebida de diferentes formas por várias pessoas. Para uns, a nuvem parece um urso de pelúcia, para outros, um unicórnio. A verdade é que ela não é nem um urso, nem um unicórnio, mas simplesmente uma nuvem. É importante ser sensato, estudar e investigar o que se vê, em vez de supor as coisas e depois manifestá-las como fatos. 

Pergunta: É verdade que os maçons são descendentes dos cavaleiros templários?
Resposta: A resposta curta é NÃO. Há muitas hipóteses e estudos que sugerem as origens da maçonaria. Dependendo do ponto de vista, a maçonaria pode remontar aos tempos dos antigos egípcios. A realidade histórica da fraternidade maçônica como ela é conhecida hoje em dia data de 1723. Foi quando foram criadas as Constituições Maçônicas de Anderson e as lojas maçônicas existentes na Europa, que aglutinaram seu poder em um só corpo, chamado A Grande Loja Unida da Grã-Bretanha (The United Grand Lodge of England). Mas nesta época, todos os templários medievais já estava mortos há vários séculos. 

Pergunta: Os maçons são ricos porque possuem o tesouro dos cavaleiros templários?
Resposta:Definitivamente, não. Se soubéssemos onde está o tesouro dos cavaleiros templários, seria nosso dever social entregá-lo em mãos para as instituições apropriadas. Neste caso, seriam os museus de diversas partes da Europa, já que tal tesouro constituiria parte de seu patrimônio nacional. Acima de tudo, uma das maiores preocupações da nossa fraternidade é conservar e defender a sociedade e os países onde vivemos. Roubar o patrimônio histórico de uma nação não é uma boa forma de se conseguir isso. Além disso, nossa sociedade é tão variada como qualquer outra. Como tem milhões de membros, é normal que alguns deles sejam influentes e endinheirados, assim como muitos outros não são. 





Pergunta: É verdade que as ruas de Washington D.C. formam símbolos maçônicos gigantescos?
Resposta: Neste caso em particular, podemos voltar ao exemplo da nuvem. Se observarmos um mapa feito por satélite, encontraremos uma grande variedade de linhas retas, curtas, pontos e ângulos distribuídos ao longo do terreno. Pode-se inventar praticamente tudo com estes elementos. Os limites estão na imaginação de cada um, mas no caso de Washington D.C., efetivamente existem alguns monumentos ou lugares erigidos por seus primeiros arquitetos e governantes, entre os quais vários foram maçons. Estes maçons aplicaram seus conhecimentos na edificação da cidade. Mas estes símbolos e posições não tem muito valor para quem nunca vivenciou a maçonaria por meio de seus complexos rituais de caráter moral e simbólico, que não escondem tesouros e outros segredos físicos. 

Pergunta: Os maçons detêm o poder do mundo?
Resposta: Apesar de os maçons serem homens influentes, não temos o poder do mundo. É importante frisar que os três pilares da maçonaria são: igualdade, caridade e fraternidade. Se realmente tivéssemos o poder do mundo em nossas mãos, eu diria que estávamos fazendo um péssimo trabalho, a julgar pelas manchetes dos jornais. No entanto, o maçom se compromete a seguir estes valores, tendo como finalidade melhorar sua própria vida e influenciar positivamente as pessoas que o rodeiam. Todos nós fazemos isso, na medida de nossas possibilidades. Uns são mais influentes que outros, mas todos têm mais ou menos a responsabilidade social de infundir estes princípios. 

Pergunta: A maçonaria é um culto ou uma religião?
Resposta: Tanto os cultos como as religiões têm como eixo central uma dogma ou crença, e o poder que os une é o da fé. A maçonaria não possui nenhuma divindade específica, nem dogmas. Seguidores de diferentes religiões, inclusive, se unem para trabalhar juntos como irmãos maçons. Dentro de uma loja maçônica, existem membros budistas, muçulmanos, cristãos e de outras religiões, mas eles esquecem seus conflitos históricos e políticos para trabalhar por um objetivo comum: a melhoria de seu caráter e o da sociedade em que vivem. Mas acreditar em uma divindade é um requisito indispensável para participar do grupo; para que um homem possa aceitar a irmandade de outro homem, acreditamos que precisa aceitar primeiro a paternidade de Deus. No entanto, em nossos templos é proibido falar de religião porque estas discussões podem criar conflitos e falta de harmonia. As religiões nos oferecem um guia espiritual e a salvação para o drama da morte inevitável. Definitivamente, a maçonaria oferece uma orientação ética e moral que nos ajuda no dia a dia, na nossa realidade cotidiana. 

Pergunta: Os maçons são responsáveis pelas rebeliões e revoluções do mundo?
Resposta: Como parte dos valores maçônicos que mencionei antes, acreditamos na igualdade, e uma das grandes batalhas travadas por um maçom é o combate à desigualdade e à tirania. O nascimento dos Estados Unidos foi uma prova disso. Com a queda da Grécia diante do Império Romano, também caiu a primeira democracia do mundo. Este sistema político baseado na igualdade e em uma distribuição equitativa do poder entre seus cidadãos só foi restabelecido quando George Washington e os demais fundadores dos EUA decidiram que a forma de governo que adotariam para este país seria um sistema democrático: o mesmo sistema que sempre regeu os maçons. Depois do nascimento da primeira democracia do mundo moderno, vieram outras revoluções de independência, que buscavam os mesmos princípios e valores, sobretudo na América Latina. Como exemplos
pontuais de maçons revolucionários, temos o padre Miguel Hidalgo, do México; e no cone sul, Simón Bolívar e San Martín. 



leandro  acho que essa entrevista com  Dan Brown


ANDREIA CAETANO
PIUMHI/MG

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sobre a GLADA

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O que é

Ouroboros 
A Grande Loja Arquitetos de Aquário (GLADA) é uma Ordem Maçônica regular, legítima, independente, soberana, moderna e reconhecida internacionalmente, que admite, em igualdade de condições, homens e mulheres dispostos a construir a sociedade do Terceiro Milênio dentro dos ideais da Maçonaria Universal.
É uma entidade iniciática, filosófica, cultural, filantrópica e sem fins lucrativos.

Todas as Lojas da GLADA adotam obrigatoriamente dois Ritos:

Moderno ou Francês e Escocês Antigo e Aceito

A GLADA faz parte, desde 1993, da União Maçônica Internacional CATENA, entidade que congrega Potências Maçônicas Mistas em 4 continentes.
A Grã-Mestra Adjunta Vera Facciollo foi eleita Vice-Presidente nas duas últimas gestões da CATENA.
A GLADA, desde 2005 é membro ativo e reconhecido do CLIPSAS – Centro de Ligação e Informação das Potências Signatárias do Apelo de Strasburgo, a maior organização de Maçonaria Liberal do Mundo, fundada em 1961.
A GLADA trabalha tanto nos Graus Simbólicos (Aprendiz, Companheiro e Mestre) como nos Graus Filosóficos (4 ao 33º do Rito Escocês e 4 ao 10º do Rito Moderno).
Possui seu próprio Supremo Conselho independente, que foi reconhecido e recebeu Carta Patente da Grande Loja da Itália, cujo Supremo Conselho do Grau 33 é um dos mais antigos do mundo, fundado em Milão a 4 de abril de 1805, e do qual já foi Soberano Grande Comendador o herói de duas pátrias Giuseppe Garibaldi
andreia caetano 
piumhi/Mg

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

a mulher na maçonaria brasileira

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A Mulher na Maçonaria brasileira

Os discursos proferidos por ocasião do Ato de Regularização foram mandados imprimir e distribuir entre os Irmãos e Irmãs. O discurso do presidente da Comissão de Regularização menciona em seu início: "Os Supremos Poderes da Maçonaria no Brazil, por decreto de 15 de dezembro de 1871, aprovaram a instalação de vossa Oficina, ... AUTORIZANDO A FUNDAÇÃO DE LOJAS DA MAÇONARIA DE ADOPÇÃO NO CÍRCULO DO GRANDE ORIENTE, e pelo breve Constitutivo que vos concede faz certa a vossa emancipação, vossa independência, MANDANDO INCORPORAR VOSSA LOJA NO GRANDE QUADRO DA MAÇONARIA E CONFERINDO-VOS IGUAIS DIREITOS E ATRIBUIÇÕES AOS DAS OFICINAS DE SEU CÍRCULO". E prossegue ele: "ESTÃO POIS NO VOSSO DOMÍNIO TODOS OS SEGREDOS DA MAÇONARIA, TODOS OS SEUS MISTÉRIOS; cuidai deles, sois o mais precioso sacrário de tudo quanto a Maçonaria possui".
O Ilustre Irmão Kurt Prober em seu Cadastro Geral das Lojas Maçônicas do Brasil, nos dá conta que essa Loja 7 de Setembro possuía no Cadastro do Grande Oriente Unido, em 1875, o nº 134, e que em 1878 a Loja era dirigida pela mesma Sra. D. Francisca Carolina de Carvalho, sendo Secretária a Sra. D. Guilhermina de Oliveira Campos. O autor nos dá como DESAPARECIDA a Loja antes de 1882. Não há aparentemente qualquer outro documento da mesma, que relate como foi que isso aconteceu.
O Cadastro de Kurt Prober nos mostra a relação completa das Lojas Femininas fundadas sob a jurisdição do Grande Oriente, seus respectivos números de registro e datas de concessão das Cartas (ou Breves) Constitutivas. São nove ao todo, além da supra-mencionada 7 de Setembro, fundadas entre os anos de 1874 e 1903: Anita Bocayuva, em Campos, Rio de Janeiro; Estrela Fluminense, no Rio de Janeiro; Filhas da Acácia, em Curitiba, Paraná; Filhas de Hiram, em Juiz de Fora, Minas Gerais; Filhas do Progresso, no Rio de Janeiro; Fraternidade, em Bagé, Rio Grande do Sul; Julia Valadares, em São João da Barra, Rio de Janeiro; Perseverança, em Ouro Preto, Minas Gerais; e Theodora, em Barra de Itapemirim, Espírito Santo. Delas, uma foi dissolvida, uma foi eliminada pela Ordem, três outras desapareceram, uma ainda teve seu pedido de regularização indeferido e as três restantes foram sumariamente extintas e suas Cartas Constitutivas cassadas por ato do Grão Mestre Quintino Bocayuva em 25 de setembro de 1903.
Hoje em dia, existem diversas lojas femininas ou mistas por todo o Brasil, que operam de forma independente, ou filiadas a uma potência própria. Adotam ritos idênticos aos das Lojas masculinas e recebem, com gratificante freqüência, a visita de irmãos de todos os Orientes, quando então são revividos com todo o esplendor e beleza as cerimônias que realizavam os antigos maçons do Egito, da Grécia, da Pérsia, de Roma e da Idade Média na Europa.
Observação: Os dados históricos sobre as Lojas Femininas no Brasil, federadas ao Grande Oriente do Brasil, foram colhidos diretamente das suas Atas, e do livro publicado à ocasião da fundação da Augusta e Respeitável Loja Capitular 7 de Setembro, ao Vale de Tabatingüera, 18 -- livro este contendo os discursos proferidos na festiva data. Os arquivos e documentos mencionados se encontram no Museu do Grande Oriente do Brasil em São Paulo, Rua São Joaquim nº 457. Outras informações foram obtidas no Cadastro de Lojas Maçônicas do Brasil, de autoria de Kurt Prober.
Vera Facciollo
Grã-Mestra da GLADA

andreia caetano piumhi/mg

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Os segredos da maçonaria

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 Os segredos da maçonaria 




08/Jan/2008 - 12:24
Vamos fazer um acordo: eu conto um segredo e você, portaleiro, promete não revelá-lo a ninguém. Antes de topar o trato, você precisa saber que os outros que lerem este tópico  conhecerão o mesmo segredo. Mas elas também se comprometerão a ficar de bico fechado. Agora, cá entre nós: quais as chances de nenhum dos envolvidos quebrar o trato e contar o que ficou sabendo para a patroa que por sua vez vai contar para a irmã, que vai dividir a novidade com as amigas do salão de beleza e daí para o mundo? Você apostaria na possibilidade de mantermos o tal segredo em sigilo?

Na cabeça de muita gente, a maçonaria foi capaz dessa proeza. Uma tarefa árdua. Os integrantes da mais conhecida entre as organizações secretas guardariam um grande segredo bombástico, revelado somente para quem concorda em ser iniciado numa sessão cercada de mistério. Em nome da honestidade jornalística, é preciso dizer logo no início da reportagem que se os maçons escondem um informação dessas capazes de mudar o rumo do mundo, este repórter e os estudiosos mais influentes do tema foram incapazes de descobrir do que se trata. Por outro lado, são vários os rituais, símbolos e conchavos políticos que deveriam ficar restritos às 4 paredes (obrigatoriamente sem janelas) de um templo maçônico, mas que estão descritos nas próximas páginas. Segredos e histórias que foram reveladas a gente graúda como Benjamin Franklin, Simón Bolívar, pelo menos 17 presidentes americanos e D. Pedro I que entre os maçons brasileiros atendia pelo exótico apelido de Guatimozim. Nas próximas páginas, você se juntará a eles.

A história

Para quem gosta tanto de segredos, nada melhor do que começar a própria história com um relato misterioso e que não pode ser comprovado. A origem da palavra maçom está no inglês, mason, que quer dizer pedreiro. Por isso, é forte a crença de que os primeiros integrantes da organização davam duro em canteiros de obras do passado. A lenda mais famosa conta que a origem da maçonaria está na construção do grande templo de Salomão, em Jerusalém, narrada no Velho Testamento. Durante a obra, Hiram Abiff, o engenheiro-chefe, foi assassinado por 3 de seus pupilos. O motivo do crime é nebuloso, mas envolveria segredos de engenharia guardados por Hiram e uma disputa por promoções de cargo. O fato é que Hiram foi para o túmulo, mas não revelou o que sabia. Além de mártir, virou exemplo de bom comportamento maçônico. Para muitos maçons, é aí que começa a sua história, apesar de existir quem defenda que Moisés, os construtores da Torre de Babel e até Deus são maçons afinal, o todo-poderoso não construiu o mundo em 6 dias?

Outra tese, também sem comprovação, é defendida por historiadores maçônicos como Christopher Knight e Robert Lomas e aponta a maçonaria como herdeira direta dos poucos cavaleiros templários que não foram trucidados por ordem do papa e do rei da França entre 1307 e 1314. Pesquisadores independentes, porém, acreditam que a origem da maçonaria moderna estaria nas corporações de ofício, espécie de sindicatos da Idade Média. Especificamente na corporação dos pedreiros, que reunia alguns dos trabalhadores mais qualificados da Europa gente que construía catedrais gigantescas, como a belíssima abadia de Westminster, na Inglaterra, que recebe fiéis até hoje. Como esses truques profissionais significavam bons salários, era natural que os masons cultivassem o hábito de mantê-los em segredo. Ficou conhecida como maçonaria operativa esse período em que os integrantes da ordem colocavam a mão na massa.

Entre os séculos 16 e 17, as técnicas de construção começaram a perder valor e as corporações mudaram o tom das reuniões. Especialmente na Grã-Bretanha, elas ganharam traços de alquimia e rituais simbólicos. Também se abriram para quem não trabalhasse com construção, mas topasse guardar segredo sobre o que acontecia nos encontros. Começou a fase da maçonaria especulativa, voltada para o conhecimento filosófico que dura até hoje.

O crescimento atraiu nobres. Era chique participar daqueles encontros com ar de sarau secreto. Os antigos trabalhadores, por sua vez, adoravam estar ao lado da nobreza. Em cidades da Inglaterra, surgiram lojas (como são chamados os grupos de reunião) e, em 1717, 4 delas se reuniram para fundar a Grande Loja de Londres, o Vaticano da maçonaria, até hoje a mais importante instituição mundial da ordem. 5 anos mais tarde foi escrita a Constituição de Anderson, texto redigido pelo maçom James Anderson que colocava no papel todas as normas e rituais transmitidos oralmente. As lojas escolheram também seu primeiro grão-mestre, um sujeito chamado Anthony Sayer, que estava longe do glamour que o cargo teria no futuro, quando seria ocupado até por herdeiros do trono inglês. Quando morreu, Sayer era um simples vendedor de livros em Covent Garden, região de Londres que até hoje é sede de uma feirinha dessas com jeitão alternativo.

Idéias

Mas o que esses homens faziam e ainda fazem em suas reuniões? Basicamente, discutem o caminho que o planeta deve tomar. E o rumo proposto é o da Luz, como eles se referem ao pensamento racional. A idéia é que se cada indivíduo refletir sobre suas atitudes e buscar sempre o caminho do bem e da perfeição, a sociedade vai caminhar naturalmente para o progresso. É uma filosofia, uma maneira de encarar o mundo, que foi um bocado revolucionária ao surgir no século 18, época em que reis controlavam o corpo e a Igreja, as mentes das pessoas. Para debater idéias, maçons criaram uma série de regras e tradições o historiador inglês Eric Hobsbawn diz que o período do surgimento da maçonaria especulativa foi especialmente rico no que ele chama de invenção de tradições, muito por causa das rápidas transformações que a sociedade vivia com mudanças nos costumes sociais e na divisão do poder. Foi nessa mesma época que surgiriam outras organizações do tipo, como a Rosacruz e a Iluminati .

A maçonaria, que acabaria sendo a mais forte e poderosa de todas, se desenvolveu como uma fraternidade que funciona como Estado, com hierarquias e legislação. E cada maçom tem liberdade de pensamento. No fundo, a maçonaria não é uma, são várias. E ao contrário do que muitos pensam, a ordem não formou um grupo uniforme. Cada país teve autonomia para definir seus rumos e caminhos, o que fez a ordem ter inclinações diferentes ao redor do globo: na Inglaterra e no Brasil, era ligada à aristocracia política; na França, anticlerical e pragmática; na Itália, revolucionária.

Diferenças entre as maçonarias existem. Mas também há muita coisa em comum em especial, as regras e os rituais. Ser admitido na maçonaria, por exemplo, requer paciência em qualquer lugar do mundo. O candidato precisa ser convidado por um maçom, passar por entrevistas e ter a vida investigada por integrantes da ordem. São aceitos apenas homens que acreditam em Deus, têm pelo menos 21 anos e nenhuma deficiência física.

As sessões acontecem em templos cheios de simbologia. Entrar num templo maçônico é mergulhar num espaço codificado, diz o sociólogo José Rodorval, da Universidade Federal de Sergipe e autor de uma tese de doutorado sobre a maçonaria. O templo não tem janelas e a entrada é voltada para o ocidente, onde a pintura é mais escura. No outro extremo, o oriente é mais claro para a maçonaria, é dali que vem o conhecimento. É nessa área também que fica o altar de onde a autoridade mais alta comanda a sessão. Nas paredes, há 12 colunas, uma corda com 81 nós e outros símbolos como as pedras bruta e polida, que representam os momentos pré e pós-iniciação.

Durante as cerimônias, os homens vestem aventais para venerar o Grande Arquiteto do Universo, como eles se referem a Deus. Mas um Deus tratado dentro dos valores de tolerância religiosa do deísmo, tradição que recusa a idéia de que uma instituição tem o poder para fazer a ligação com o divino. E por isso um maçom pode ser judeu, católico, muçulmano. Nas sessões, Deus tem um nome específico. Esse nome é um dos segredos mais bem guardados da maçonaria, diz o historiador Jasper Ridley, que escreveu The Freemasons (Os Maçons, sem tradução em português). Mas Ridley entrega o ouro: o criador é chamado de Jahbulon, uma corruptela que reúne os nomes sagrados de Jeová, Baal e Osíris.

Essas reuniões religiosas misteriosas, adivinhem só, colocaram a maçonaria em rota de colisão com o Vaticano. Tanto que 2 bulas papais condenando a ordem chegaram a ser emitidas por Clemente 12 e Bento 14. Como outros governos, o Vaticano também se molestava com a atmosfera de segredo com a qual se cercava a maçonaria, diz o historiador espanhol Jose Benimeli no livro Maçonaria e Igreja Católica. A tensão hoje é menor, mas ainda existe. Em 1983, quando comandava a Congregação para a Doutrina da Fé, o hoje papa Bento 16 publicou a Declaração sobre as associações maçônicas. O texto não deixa dúvidas: Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em pecado grave, escreveu.

Revoluções e conspirações

O Vaticano é apenas um dos desafetos da maçonaria. Ao longo da história, a ordem colecionou inimigos com a mesma força que manteve seus segredos as 2 coisas, aliás, sempre estiveram diretamente ligadas. Pense na seguinte situação: sua vizinha está promovendo reuniões semanais na casa dela, mas não permite que você participe. Mais do que isso, ela se recusa a revelar o que está sendo discutido lá dentro. Se você tiver um mínimo instinto de paranóia e a maioria de nós tem vai achar que a dona está tramando contra você. A mesma lógica funciona para os maçons. Muitas das acusações contra a fraternidade começaram com perguntas do tipo se é tudo boa gente, então por que raios eles não revelam o que estão fazendo?

Assim, manter segredo mostrou-se uma ótima maneira de atrair desconfianças. Mas a verdade é que para além do mistério existe o fato de que as lojas maçônicas serviram, sim, de espaço para a agitação política. Seus ideais espelhados no iluminismo inspiraram e muitos de seus integrantes se engajaram em revoluções que chacoalharam o mundo, derrubaram governos e cortaram cabeças coroadas. Ser maçom nos séculos 18 e 19 era um pouco como ser de esquerda no começo do século 20. Em geral, eram pessoas liberais, receptivas a novas ideologias e preocupadas em reorganizar a sociedade, diz Andrew Prescott, diretor do Centro de Estudos da Maçonaria da Universidade de Sheffield, na Inglaterra. A conseqüência óbvia dessa atuação foi que a ordem freqüentou os primeiros lugares da lista de maiores inimigos das monarquias absolutistas. O efeito colateral indesejado foi que quanto mais a maçonaria era acusada de conspiradora pelos líderes aristocratas, mais ela se fortalecia. É uma espécie de autoprofecia que se cumpre. Se as lojas maçônicas eram apontadas pelos inimigos como o lugar em que revoluções eram planejadas, então era lá que os jovens revolucionários queriam estar, afirma Jasper Ridley.

A Revolução Francesa, por exemplo, fez da visão de mundo maçônica (liberdade para adorar qualquer deus, igualdade entre nobres e plebeus e fraternidade entre os membros do mesmo grupo) o mote do novo país que pretendia construir. E transformou uma música originalmente composta e cantada na loja maçônica de Marselha, em hino nacional rebatizado de La Marseillaise, A Marselhesa. Segundo Ridley, porém, são exageradas as afirmações de que a maçonaria liderou a revolução. Marat, ideólogo de uma das alas mais radicais da revolução, e La Fayette, o militar aristocrata que aderiu ao movimento popular, eram maçons. Mas Danton e Robespierre, os 2 mais importantes líderes da França após a revolução, não.

Mais ativa foi a influência na independência americana. Pelo menos 9 das 55 assinaturas da Declaração de Independência vinham da maçonaria, assim como um terço dos 39 homens que aprovaram a primeira Constituição do país. Benjamin Franklin, um dos principais articuladores da independência, era maçom até o último fio dos poucos (mas longos) cabelos que tinha. E George Washington, líder dos rebelados, teria aparecido de avental maçônico na cerimônia de lançamento da pedra fundamental da cidade que leva o seu nome. Hoje, há quem afirme que durante sua construção a capital americana foi recheada de símbolos maçônicos  e, no mercado editorial, especula-se que a arquitetura da cidade será o ponto de partida para o próximo livro de Dan  Brown O Código da Vinci. Talvez o autor também dê nova explicação para as imagens que decoram a cédula de 1 dólar, como o olho que tudo vê e a pirâmide luminosa, que parecem inspiradas na maçonaria uma ligação que nunca foi admitida pelos desenhistas da nota.

Ventos maçônicos também foram sentidos na América do Sul. Na loja Lautaro, que tinha braços espalhados pelo continente (o nome é homenagem ao índio que liderou uma revolta contra os espanhóis no século 16), costumavam se reunir Simón Bolívar, José de San Martín e Bernardo OHiggins, todos líderes da independência no continente. No Brasil, eram integrantes, entre outros, José Bonifácio de Andrada e Silva, o barão do Rio Branco e o príncipe regente e depois imperador Pedro I. Apelidado de Guatimozim, nome do último chefe asteca, D. Pedro teve ascensão meteórica na fraternidade. Foi iniciado em 2 de agosto de 1822 e promovido a mestre 3 dias depois. Menos de 2 meses mais tarde, já era grão-mestre da ordem no Brasil, cargo máximo que poderia atingir. Na mesma velocidade, passaram-se apenas 17 dias até que, já imperador, ele proibisse as atividades maçônicas no Brasil. A maçonaria é uma fraternidade e durante as sessões todos se tratam por irmãos e são iguais. Quando percebeu que nesse círculo ele poder ter seu poder questionado e não seria apenas o imperador, D. Pedro deixou a ordem e proibiu seus trabalhos, diz o historiador Marco Morel, da Uerj.

Nada que tenha afastado os irmãos das atividades políticas. Pior para os sucessores de Guatimozim: legalizada em 1831, grande parte da maçonaria se aliou ao movimento abolicionista, anticlerical e mais tarde republicano para forçar a queda da monarquia no Brasil. Apesar de existirem muitos maçons monarquistas e escravocratas, a luta contra o poder da Igreja colocou a organização na linha de frente da defesa de um estado laico, como o estabelecido em 1891 pela primeira Constituição republicana. Para os adversários, foi a comprovação do caráter conspirador da ordem. Os maçons diziam agir dentro de sua filosofia: lutavam por um país mais racional, e com ordem, que só assim chegaria ao progresso.

Os segredos

E o segredo, você deve estar perguntando. Qual é o grande segredo da maçonaria, aquele que aguçou séculos de curiosidade? O segredo consiste de rituais e códigos. São apenas algumas palavras, diz Andrew Prescott, da Universidade de Sheffield. O negócio é que os maçons cultivam com cuidado o silêncio. Quem já viu um texto maçônico sabe disso. As frases tem abreviações aparentemente indecifráveis. Mas a coisa até que é simples. Algumas palavras são reduzidas a sílabas e acrescidas dos 3 pontos em forma de delta o mesmo símbolo que aparece ao lado da assinatura de um maçom. Loj é Loja; Ir é irmão, como os maçons se referem uns aos outros; Prof é profano, ou seja, quem não é da maçonaria. Há palavras reduzidas às iniciais e duplicadas em caso de plural. VVig quer dizer vigilantes; AApr , aprendizes. G A D U é o Grande Arquiteto do Universo. Também é comum ver inscrições que devem ser lidas da direita para a esquerda, numa referência ao alfabeto hebraico. MOCAM, por exemplo, quer dizer maçom.

Existem ainda toques e sinais para quem é da maçonaria. E esses são os mais secretos. No aperto de mãos, por exemplo, maçons se reconheceriam ao encostar o indicador no punho de quem está sendo cumprimentado. Outro sinal para identificação fora dos templos seria passar a mão pelo cabelo, virando-a durante o movimento. E como durante as cerimônias os maçons devem estar sempre eretos, uma maneira de se comunicar em lugares públicos é endireitar a coluna e colocar os pés em forma de esquadro. O abraço maçônico, presente em vários rituais, consiste em colocar um braço por cima e outro por baixo, em X, bater 3 vezes nas costas e trocar de posição outras 3 vezes.

Outra corrente de pesquisadores afirma que o segredo maçônico é uma coisa íntima, que nasce no fundo do coração de cada maçom. Afinal, se para os que estão do lado de fora a maçonaria é uma organização com forte inclinação para a política, para os que estão do lado de dentro tão ou mais importante é o conhecimento intelectual. O segredo é uma espécie de viagem espiritual que o iniciado faz e que dificilmente poderia exprimir-se com palavras. É algo que o maçom guarda para si. Quanto mais velho, mais volumoso é o seu segredo, composto dos resquícios de suas experiências de vida, diz Jesus Hortal, reitor da PUC-RJ, em seu livro Maçonaria e Igreja.

Tantas hipóteses para explicar qual seria o mistério maçônico fez surgir até o grupo dos céticos. Gente como o filósofo John Locke, que sugeriu que o grande segredo guardado pela maçonaria é que não existe segredo nenhum. O que, cá entre nós, seria uma revelação de proporções nada desprezíveis. Mesmo que a inexistência de algum segredo seja o grande segredo maçônico, não é uma pequena proeza manter isso em segredo, afirmou Locke.

http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_254132.shtml


andreia caetano 
piumhi/minas
 brasil


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

.'. ARTE NA MAÇONARIA .

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.'. DELTA VERSUS PENTAGRAMA .'.





.'. ESSÊNCIA MAÇÓNICA .'.
.




'. TEMPLO MAÇÓNICO .'.



 CRUZ ROSACRUCIANA .'.





.'. OPUS MAÇÓNICO I .'.





 OPUS MAÇÓNICO Il .'.


mundo maçônico

















































ANDREIA CAETANO
PIUMHI/MG



Hitler e a Maçonaria

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A história maçônica na Alemanha de Hitler
Hitler e a Maçonaria III
A Maçonaria desenvolve-se nas Organizações Maçónicas tendo por base a literatura que nela é produzida ou consultada.
Um conjunto vasto de obras maçónicas fazia parte do núcleo das bibliotecas das lojas alemãs.
Segundo as estimativas do Museu Alemão da Maçonaria em Bayreuth, esta literatura constituía o núcleo da investigação maçónica. Uma biblioteca que crescia de forma exponencial. Em 1930, na Alemanha, a colecção maçónica situar-se-ia nos 200.000 livros.
Este franco e interessante desenvolvimento foi abruptamente interrompido quando Hitler chegou ao poder. Fecharam-se as Lojas maçónicas. A sua propriedade foi confiscada. Bibliotecas de várias Lojas foram queimadas. A GESTAPO chamou a si muitas dessas bibliotecas e material. Que foram posteriormente entregues à Biblioteca profissional das SS, a Reichsfuhrer Heinrich Himmler.
A guerra e os saques na Alemanha prejudicaram a Maçonaria. E quem desejar aprofundar as informações aqui trazidas, recomendo a leitura de uma actualização realizada e publicada na revista anual da Biblioteca da Universidade na Alemanha.
No entanto, o Sr. Herbert Schneider, Director do Museu Maçónico Alemão entre 1980 e 1996 e o Sr. Hans-Georg van Waveren Lesser, Director do Museu Maçónico Alemão entre 1996 a 2002, dizem-nos que após terem consultado os membros da Loja em 1933, houve por parte da Alemanha a compra de material maçónico que iria servir de contrapropaganda.
Que após a formação do Reichssicherheitshauptamt (principal gabinete de segurança) a biblioteca geral maçónica foi incorporada no escritório VII (Reichssicherheitshauptamt Amt VII). E com a anexação da Áustria na Grande Alemanha (o chamado “Anschluss”), as colecções maçónicas das Lojas da Áustria encheram o caminho da pilhagem nazista.
Esclarece o professor Andrzej Karpowicz que o ano de 1940 foi “próspero” na sucessiva pilhagem, pela rápida conquista de muitos dos países e uma surpresa para muitos maçons das Lojas da Escandinávia e Europa Ocidental. Este processo de pilhagem foi muito bem organizado.
Os nazistas saquearam, por exemplo, a Grande Loja da Holanda e a Grande Loja da Noruega. Ocorreu o mesmo na Bélgica e em França.
Em França, depois da derrota inicial em 1940 os registos dos membros do Grande Oriente de França e da Grande Loja de França foram saqueados e muitos deles destruídos.
A GESTAPO assumia temporariamente os edifícios das obediências francesas. Os homens da Einsatzstab saquearam uma parte significativa dos arquivos. Que depois entregavam a colaboradores, protegidos pelas SS a fim de usarem esse material em propaganda anti-maçónica.
Havia dois centros em Paris. Um era liderado por Bernard Fay, situado na Biblioteca Nacional e que exploravam os materiais roubados do acervo do Grande Oriente de França. O outro chamava-se “Centre d’Action”, local dirigido por Henri Coston e continha as colecções roubadas da Grande Loja da França.
Mais tarde, estas colecções na Alemanha foram retiradas ou evacuadas de vários locais onde se preservavam. Especialmente quando a Alemanha começou a sofrer ataques aéreos das forças aliadas.
Para que se perceba o que ocorreu a tanta informação maçónica, esclarece-se que a maior parte das colecções da Grande Loja da Holanda foram descobertas pelas tropas americanas na Vila de Hirzenhain em 1946. Um oficial americano que foi maçon ordenou às tropas que as reenviassem de volta. Várias colecções de material maçónico disperso foram interceptadas por soldados americanos e ingleses e enviadas para os Estados Unidos e para a Grã-Bretanha.
Mas as colecções de Berlin, parte da Boémia e de Wilkanóv foram recolhidas pelo Exército Vermelho e declarados “despojos de guerra”, sendo enviados para Moscovo. Apesar de haver ainda na Alemanha excelentes documentos.
A Universidade Livre de Berlin tem em seu poder alguns livros da biblioteca da Grande Loja dos Três Globos em Berlim. Carregando ainda marcas da prateleira da biblioteca Reichsfuhrer escrito a lápis.
Muitas destas colecções maçónicas estarão perdidas para sempre. Colecções de músicas maçónicas foram também perdidas, reconhecendo-se que ainda se conseguiram fazer prevalecer algumas das mais belas colecções e obras poéticas. Recitadas ou lidas em ocasiões de diversos festivais maçónicos.
Por esse facto deixo aqui o meu apelo. Que cada maçon da Grande Loja se esforce em fazer chegar ao Secretariado Permanente todo o tipo de documentos que venha a produzir. Sejam eles documentos e obras sobre a ética, sobre pensamento filosófico, traduções, posições, mesmo que sejam controversas.
Quer sobre credos, quer sobre fenómenos literários ou romanceados. Todos eles são relevantes para que se consiga pelo menos repor o pensamento humano.

andreia caetano
piumhi/mg

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Jorge Lasmar

http://andreia-andreiavieira.blogspot.com/




Jorge Lasmar,
advogado, servidor público, professor, literato, historiador e maçom, filho de Theóphilo Jorge Lasmar e Maria Amélia da Cunha, nascido em 9 de maio de 1920 em Perobas, então município de Piumhi-MG, hoje, Doresópolis-MG; viúvo, dois filhos e netos. Fez o curso primário (1ª a 4ª série) no grupo escolar, hoje, Escola Municipal Doutor Avelino de Queiroz, em Piumhi. Cursou o Ginasial (1ª a 4ª Série) no célebre Colégio Dom Lustosa, hoje, Escola Estadual Dom Lustosa , da cidade de Patrocínio-MG, tendo sido, ao final, o orador de sua turma. Seguiu para Belo Horizonte-MG, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais e nela foi diplomado bacharel em Ciência Jurídicas. Cursou também o CPOR - Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, do Exército Brasileiro. Fez Curso na Universidade Lusíada de Lisboa, Portugal. Empreendeu viagens à Europa, E. U. A. e Oriente Médio.



Advogado

Conselheiro eleito da OAB-MG, em 1957/1959 e 1979/1989. Foi um dos fundadores da Associação Mineira de Proteção à Criança. Diretor da Casa das Meninas em Belo Horizonte. Representou a OAB-MG em concursos públicos para Ofícios de Justiça, Exames de Ordem e comprovação de Estágio em diversas faculdades de Direito. Diretor 1º secretário da OAB-MG em dois mandatos. Presidiu ou participou de todas as Comissões da OAB-MG, notadamente da Comissão de Seleção e Prerrogativas. Representante da OAB-MG junto ao Governo Aureliano Chaves, para assuntos relativos a menores abandonados. Recebeu diplomas e placas em função de sua atuação como advogado do Conselho Estadual da OAB-MG. Membro do Instituto dos Advogados de MG [2], foi seu representante na 7ª Conferência Internacional em Buenos Aires. Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Brasília-DF, em dois mandatos, com assento na 1ª Câmara, Seleção e Prerrogativas. Participou de todos os congressos nacionais da OAB, bem como, de reuniões e conferências estaduais ou nacionais da mesma OAB Federal.


Em 1941, ingressou no serviço público do Estado de Minas Gerais, na antiga Chefia de Polícia, hoje Secretaria de Segurança. Nomeado Assistente Técnico da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, gestão Américo René Gianetti. Assessor Jurídico do Departamento Social do Menor, respondeu pela sua chefia; Chefe do Serviço Técnico. Ocupou diversos outros cargos na Administração Pública: advogado do Estado, Procurador de Classe Especial, já aposentado. Chefe do Gabinete da Secretaria do Interior e Justiça, Governo Israel Pinheiro.


Professor e ensino

Professor titular da Faculdade de Direito Milton Campos; professor aprovado para a Faculdade de Direito de Barbacena-MG, pelo Conselho Federal de Educação. Atuação no Centro Educacional de Formação Superior – CEFOS, entidade mantenedora das Faculdades Milton Campos, da qual é um dos fundadores, ocupou diversos cargos e participa de sua direção. É diretor da sua Faculdade de Administração.


Literato e historiador

Membro da Arcádia de Minas Gerais e da sua direção. Presidente do Conselho Superior. Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, ocupando a cadeira nº 100, do patrono Hildebrando Pontes, tendo sido seu Tesoureiro, Vice-presidente e, atualmente, seu Secretário Geral .
Membro da Associação Brasileira de Pesquisa Histórica e Genealogia, de São Paulo; membro da Academia Patrocinense de Letras, de Patrocínio-MG; membro correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Sorocaba-SP e seu delegado para o Estado de Minas Gerais. Fundador e atual presidente da Academia Mineira Maçônica de Letras , ocupando a cadeira nº 1, do patrono Tiradentes . Membro honorário da Academia Maçônica de Letras de Pernambuco e membro correspondente das Lojas de Pesquisa Brasil, de Londrina-PR e da Fraternidade Brasileira de Juiz de Fora-MG. Membro da Academia Setelagoana Maçônica de Letras, Sete Lagoas-MG e membro da International Writers and Artists Association (IWA)  diplomado em 29 de junho de 2007.
Juntamente com Syllas Agostinho Ferreira (falecido) e Celso Falabella de Figueiredo Castro, apoiou a criação e tem atuado com o também confrade Tarcísio José Martins, no site mgquilombo[9], dedicado a professores e alunos de primeiro e segundo graus, com vistas à divulgação de pesquisas históricas voltadas à inclusão da participação do negro na historiografia e no ensino de Minas Gerais [10].


Vida maçônica

Iniciado na Loja CAVALHEIROS TEMPLÁRIOS I, em Belo Horizonte, Rito Emulação, há 15 anos; ocupou diversos cargos nessa Loja, inclusive o de Venerável Mestre.
Filiado à loja REDENTORA, Rito Escocês, sendo seu Venerável Mestre. Grande Procurador do Grande Oriente de Minas Gerais. Membro do Ilustre Conselho Geral. Grande Secretário de Relações Públicas. Deputado à Soberana Assembléia Legislativa do Grande Oriente de Minas Gerais - GOMG, sendo seu Presidente em dois mandatos. É um dos fundadores da Loja CEL. JOSÉ PERSIVAL, orador e 1º Vigilante da Loja. É grau 33 do Supremo Conselho para a República Federativa do Brasil, Rito Escocês Antigo e Aceito, membro Efetivo e seu Grande Ministro de Estado.
É Membro Honorário da Loja Maçônica “General Moreira Guimarães”, da Loja Maçônica “Cavaleiros Templários”, da Loja Maçônica “Redentora 80” e da Loja Maçônica “Moreira Sampaio”. Membro Emérito do Supremo Conselho do Paraná.
É membro Efetivo do Supremo Consiglio dei Sov.: Gr.: Isp.: Gen.: Del 33º ed Ultimo Grado, Giurisdizione D;Italia. Grão Mestre Honorário da Grande Loja da Itália, da Maçonaria Universal. Representante do supracitado Supremo Conselho da Itália na XXI Assembléia Ordinária da Excelsa Congregação dos Supremos Conselhos do Grau 33, realizada em Foz do Iguaçu-PR, setembro de 1999.
Participou dos Congressos Internacionais dos Supremos Conselhos de França, Paris; e na Grécia e Atenas, 2001. Participou da Reunião Reunificação, Supremos Conselhos, Bélgica, Vallen, 2002. Participou da Reunião realizada em Bruxelas, Bélgica, nos dias 19 e 20 de novembro de 2003, Festa da R.E.A.A; e ainda, em dezembro de 2004, da Reunião do Supremo Conselho da França, comemorativa de sua fundação em 1804; e Reunião do Supremo Conselho da França, em 2005.


Livros publicados

  • “Hipólito da Costa Pereira Furtado de Mendonça, José Bonifácio de Andrada e Silva, Padre Belchior Pinheiro de Oliveira, Joaquim José da Silva Xavier e a Maçonaria”, 1995* Segunda edição em preparo.
  • “A Verdade”, (Peças Judiciais), 1996.
  • “Coletânea (A Constituição de Anderson, O Grande Arquiteto do Universo, O Segredo Maçônico, a Iniciação, 21 de Abril em Mariana, Defesa de Tiradentes e outros Assuntos)”, 1997.
  • “Maçonaria, Maçons e o Centenário de Belo Horizonte”, 1998.
  • “A Face Oculta da História – Padre Belchior Pinheiro de Oliveira, 2000.
  • “A História do Grande Oriente de Minas Gerais e outras histórias”;
  • “Discorso –Ramsay -, plaqueta, publicado na Itália, Nápoles”.
  • “Raimondo Di Sangro”, Domenico D’Alessandro, tradução, colaboração.
  • “José Bonifácio de Andrada e Silva”, palestra pronunciada na Universidade Livre da Academia Mineira de Letras.
  • “No Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e fora dele”, 2003.
  • Grão-Mogol”, 2005.
  • “A Arcádia de Minas Gerais e Cláudio Manoel da Costa”;
  • “Júlio Cesar Pinto Coelho e o Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais”;
  • “Frederico II e a Lenda dos Altos Graus”.
  • “Páginas Maçônicas”.
  • “O Instituto Histórico e Geográfico: Uma História Centenária”.
  • “No Universo Humano, Rápidas Linhas – Passado, Presente, Futuro”, no centenário do natalício de Plínio Corrêa de Oliveira.
  • “Na Estrada da Memória”, 2009.
Livros a Publicar
  • “Maçonaria à Luz da História do Brasil”.
  • “A Revista da Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais”.
  • “A História de Uma Vida – História e Genealogia”.


Condecorações e homenagens recebidas

  • Medalha Cláudio Manoel da Costa, do Clube de Advogados.
  • Medalha do Conselho Federal da OAB.
  • Medalha e Diploma comemorativos da Proclamação a República.
  • Medalha da Inconfidência, Governo do Estado de Minas Gerais, 1987.
  • Medalha de Honra da Inconfidência, 1998.
  • Grande Medalha da Inconfidência, abril de 2000.
  • Medalha do Mérito Legislativos, Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, 1998.
  • Medalha Colar Comemorativo do Sesquicentenário da Revolução Liberal Sorocabana de 1842, 2000.
  • Medalha Santos Dumont, bronze, 1998.
  • Medalha Santos Dumont, prata, 2000.
  • Medalha Santos Dumont, ouro, 2003.
  • Colar e Diploma Cruz do Alvarenga e Heróis Anônimos, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba, 70º aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932.
  • Medalha e Diploma, título “AMIGO DA MARINHA”, conferido pelo Comando do 1º Distrito Naval, Rio de Janeiro-RJ.
  • Medalha Tamandaré, Ministério da Marinha, 1º Distrito Naval.
  • Medalha de Ouro e Estrela de Prata da Ordem dos Cavaleiros da Inconfidência.
  • Medalha – Comendador por Méritos e as Medalhas Duque de Caxias e Gonçalves Ledo, da mesma Ordem.
  • Medalha – Comendador da Ordem dos Cavaleiros da Concórdia.
  • Medalha e Diploma do Mérito Geográfico, da Sociedade Brasileira de Geografia, 2001.
  • Medalha de Ouro, Ordine Cavallaresco AMISTADE, Roma, Itália.
  • Diploma de Mérito, da Faculdade de Direito do Sul de Minas.
  • Homenagem da Faculdade de Direito de Teófilo Otoni.
  • Cidadão Honorário da cidade de Bueno Brandão – MG.
  • Medalha Tiradentes, do Grande Oriente de Minas Geais – GOMG.
  • Medalha do Cinquentenário do GOMG.
  • Diplomas e títulos de agradecimento, entre eles, de Participação no 125º aniversário da Loja ATALAIA DO NORTE, de Sete Lagoas-MG.
  • Medalha da REGENERAÇÃO BARBACENENSE, de Barbacena-MG, orador da Sessão Comemorativa do Centenário.
  • Medalha do Centenário da Loja Maçônica CHARITAS II, de São João Del Rey, da Grande Loja de Minas Gerais, sendo um dos conferencistas no Ciclo de Conferências.
  • Medalha Excelente Maçom, do GOMG, em 24 de junho de 1984.
  • Medalha Honra a quem Honra, como colaborador da III Convenção Estadual do GOMG, em novembro de 1984.
  • Medalha de Benemérito, do Grande Oriente do Estado do Espírito Santo.
  • Medalha de Grande Benemérito, do Grande Oriente de Minas Gerais.
  • Medalhas e Diplomas da Loja MOREIRA GUIMARÃES e da BELO HORIZONTE, no centenário de ambas e da cidade de Belo Horizonte-MG.
  • Medalha de Honra, centenário da Loja CULTO AO DEVER, de Rio Novo-MG, em 23 de maio de 1998.
  • Medalha da Conferência no Centenário da Loja FRATERNIDADE UNIVERSAL, de São Sebastião do Paraíso-MG, 12 de junho de 1998.
  • Medalha e Diploma do Centenário da Loja JOSÉ GARIBALDI, de Nova Lima-MG.
  • Medalha de 10 anos da Loja MONT SALVAT, de Belo Horizonte-MG.
  • Medalha ÁGUIA BICÉFALA do Supremo Conselho.
  • Medalha 25 anos – Jubileu de Prata do Supremo Conselho.
  • Medalha do Centenário da Loja ESTRELA DE QUELUZ.
  • Medalha 33º Aniversário da Loja “REDENTORA”.
  • Medalha “25 Anos”, loja “Cavaleiros Templários”.
  • Medalha e Diploma de Membro Emérito do Supremo Conselho do Paraná.
  • Medalha “Mérito Maçônico” e placa oferecida pela Loja Maçônica “Reis Corrêa”, da Grande Loja de Minas Gerais.

Notas e referências


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