segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

a mulher na maçonaria brasileira

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A Mulher na Maçonaria brasileira

Os discursos proferidos por ocasião do Ato de Regularização foram mandados imprimir e distribuir entre os Irmãos e Irmãs. O discurso do presidente da Comissão de Regularização menciona em seu início: "Os Supremos Poderes da Maçonaria no Brazil, por decreto de 15 de dezembro de 1871, aprovaram a instalação de vossa Oficina, ... AUTORIZANDO A FUNDAÇÃO DE LOJAS DA MAÇONARIA DE ADOPÇÃO NO CÍRCULO DO GRANDE ORIENTE, e pelo breve Constitutivo que vos concede faz certa a vossa emancipação, vossa independência, MANDANDO INCORPORAR VOSSA LOJA NO GRANDE QUADRO DA MAÇONARIA E CONFERINDO-VOS IGUAIS DIREITOS E ATRIBUIÇÕES AOS DAS OFICINAS DE SEU CÍRCULO". E prossegue ele: "ESTÃO POIS NO VOSSO DOMÍNIO TODOS OS SEGREDOS DA MAÇONARIA, TODOS OS SEUS MISTÉRIOS; cuidai deles, sois o mais precioso sacrário de tudo quanto a Maçonaria possui".
O Ilustre Irmão Kurt Prober em seu Cadastro Geral das Lojas Maçônicas do Brasil, nos dá conta que essa Loja 7 de Setembro possuía no Cadastro do Grande Oriente Unido, em 1875, o nº 134, e que em 1878 a Loja era dirigida pela mesma Sra. D. Francisca Carolina de Carvalho, sendo Secretária a Sra. D. Guilhermina de Oliveira Campos. O autor nos dá como DESAPARECIDA a Loja antes de 1882. Não há aparentemente qualquer outro documento da mesma, que relate como foi que isso aconteceu.
O Cadastro de Kurt Prober nos mostra a relação completa das Lojas Femininas fundadas sob a jurisdição do Grande Oriente, seus respectivos números de registro e datas de concessão das Cartas (ou Breves) Constitutivas. São nove ao todo, além da supra-mencionada 7 de Setembro, fundadas entre os anos de 1874 e 1903: Anita Bocayuva, em Campos, Rio de Janeiro; Estrela Fluminense, no Rio de Janeiro; Filhas da Acácia, em Curitiba, Paraná; Filhas de Hiram, em Juiz de Fora, Minas Gerais; Filhas do Progresso, no Rio de Janeiro; Fraternidade, em Bagé, Rio Grande do Sul; Julia Valadares, em São João da Barra, Rio de Janeiro; Perseverança, em Ouro Preto, Minas Gerais; e Theodora, em Barra de Itapemirim, Espírito Santo. Delas, uma foi dissolvida, uma foi eliminada pela Ordem, três outras desapareceram, uma ainda teve seu pedido de regularização indeferido e as três restantes foram sumariamente extintas e suas Cartas Constitutivas cassadas por ato do Grão Mestre Quintino Bocayuva em 25 de setembro de 1903.
Hoje em dia, existem diversas lojas femininas ou mistas por todo o Brasil, que operam de forma independente, ou filiadas a uma potência própria. Adotam ritos idênticos aos das Lojas masculinas e recebem, com gratificante freqüência, a visita de irmãos de todos os Orientes, quando então são revividos com todo o esplendor e beleza as cerimônias que realizavam os antigos maçons do Egito, da Grécia, da Pérsia, de Roma e da Idade Média na Europa.
Observação: Os dados históricos sobre as Lojas Femininas no Brasil, federadas ao Grande Oriente do Brasil, foram colhidos diretamente das suas Atas, e do livro publicado à ocasião da fundação da Augusta e Respeitável Loja Capitular 7 de Setembro, ao Vale de Tabatingüera, 18 -- livro este contendo os discursos proferidos na festiva data. Os arquivos e documentos mencionados se encontram no Museu do Grande Oriente do Brasil em São Paulo, Rua São Joaquim nº 457. Outras informações foram obtidas no Cadastro de Lojas Maçônicas do Brasil, de autoria de Kurt Prober.
Vera Facciollo
Grã-Mestra da GLADA

andreia caetano piumhi/mg

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