sexta-feira, 26 de junho de 2009

O SANTO GRAAL

Santo Graal ( ou Sangraal ) é uma expressăo medieval que designa normalmente o cálice usado por Jesus Cristo na Última Ceia. Ele está presente nas lendas arturianas, sendo o objetivo da busca dos cavaleiros da Távola Redonda, único objeto com capacidade para devolver a paz ao reino de Artur. No entanto, em outra interpretaçăo, ele designa a descendęncia de Jesus ( o sangraal ou sangue real ), segundo a lenda, ligada ŕ dinastia Merovíngia. Finalmente, também há uma interpretaçăo em que ele é a representaçăo do corpo de Maria Madalena, a suposta esposa de Jesus e sua herdeira na conduçăo da nova religiăo.

O SIMBOLISMO DO GRAAL

O símbolo do cálice sagrado, enquanto motivo de poder e fonte de milagres, é tăo antigo quanto a História. O SANTO GRAAL teve múltiplos precursores e apareceu sob variadas formas antes de ter sido identificado com o cálice do ritual usado na missa católica. Muitas vezes o GRAAL foi descrito năo como um cálice, mas como uma pedra. Neste sentido o símbolo é profundamente alquímico, ou seja – a conciliaçăo dos opostos mediante a harmonia entre o céu e a terra. A etimologia da palavra Graal é controvertida. Costuma-se considerá-la como oriunda do latim "gradais" - cálice. Outros dizem que "Graal" vem de outra palavra latina - 'graduale' que significa 'gradual" um livro de oraçőes e cânticos místicos.

Os celtas se referiam ao Graal como um caldeirăo e a lenda em torno de um cálice sagrado pode ter relaçăo com a importância que os celtas davam ao caldeirăo, onde os druidas preparavam suas poçőes mágicas.

Esse conceito popular lembrava-lhes abundância e renascimento. Muitos personagens míticos dos celtas estavam envolvidos com esse símbolo: Nasciens, foi transportado por măos invisíveis para uma ilha onde lhe apareceu um caldeirăo mágico; Dagda fortalecia os guerreiros com o alimento do caldeirăo. Outro caldeirăo célebre foi o pertencente ŕ deusa Caridween, que preparou uma poçăo para infundir sabedoria em seu filho.

Os recipientes, como a taça, o caldeirăo e os vasos, săo símbolos do útero, a matriz da vida e a espada o órgăo masculino fecundador. É no vazio que acontece o ciclo permanente de nascimento, morte e renascimento. Os cálices săo oferendas ao espírito desconhecido que preside determinado tempo e local, uma oraçăo que se eleva a Deus, pedindo que seu Espírito desça ŕ terra. Este é o significado sagrado da missa católica: dois movimentos de direçőes opostas – o cálice voltado para o céu e o espírito projetando-se sobre ele – formam o ciclo de dar e receber, o eixo entre o superior e o inferior.

A LENDA ORIGINAL

Antes do século VII, a tradiçăo e a Bíblia propiciaram o desenvolvimento de uma lenda intrigante sobre o cálice sagrado. Diz essa lenda que, antes da criaçăo do homem, houve uma grande batalha no céu. O Arcanjo Miguel e seus anjos guerrearam contra Lúcifer. O adversário e seus anjos combateram ferozmente, diz a Bíblia; "todavia năo venceram, nem acharam mais seu lugar no céu. E a antiga serpente, o Grande Dragăo chamado demônio ou satanás foi expulso de lá sendo atirado para a terra com seus anjos". Diz a lenda que Lúcifer trazia um pedra colada na testa, uma esmeralda que funcionava como um terceiro olho. Quando Lúcifer foi atirado pelo Arcanjo Miguel ŕ terra, a esmeralda partiu-se e sua visăo ficou prejudicada. Um pedaço permaneceu em sua testa dando-lhe uma visăo distorcida de sua situaçăo como anjo caído; o outro fragmento foi guardado pelos anjos. Mais tarde, o Graal foi esculpido neste segundo pedaço.

AS LENDAS DO CÁLICE SAGRADO

Parece que durante sua presença na terra, o GRAAL necessitou de um abrigo e, dado ao seu caráter espiritual, essa habitaçăo deveria ser um templo especialmente projetado para esse fim e oculto da visăo dos profanos.

Mesmo se encararmos o GRAAL como um tema pertencente aos planos inexplorados da alma, restam-nos alguns enigmas históricos relacionados com a figura de Jesus Cristo, José de Arimatéia, o Rei Arthur e, mais tarde, com os estranhos acontecimentos que marcaram a vida e agonia dos Cátaros na regiăo do Languedoc, no sul da França.

Esses episódios, custaram a vida de milhares de pessoas e permanecem até hoje como indicadores da provável existęncia física de um Rei e Sacerdote do Santo Graal. Seria esse o Rei, eterno e onipresente Sacerdote da Távola Redonda, uma versăo medieval inglesa relacionada ŕ mesa da Última Ceia, sob a proteçăo de Arthur ? Ou seria essa Mesa Redonda uma forma de os místicos simbolizarem os círculos do infinito celeste e a egrégora da Grande Fraternidade Branca?

Conta uma antiga lenda cristă, que José de Arimatéia teria recolhido no cálice, usado na Última Ceia, o sangue que jorrou de Cristo quando ele recebeu o golpe de misericórdia, dado pelo soldado romano Longinus, usando uma lança, depois da crucificaçăo.

Em outra versăo, teria sido a própria Maria Madalena, segundo a Bíblia a única mulher além de Maria (a măe de Jesus) presente na crucificaçăo de Jesus, que teria ficado com a guarda do cálice e o teria levado para a França, onde passou o resto de sua vida.

A lenda tornou-se popular na Europa nos séculos XII e XIII por meio dos romances de Chrétien de Troyes, particularmente através do livro "Le Conte du Graal" publicado por volta de 1190, e que conta a busca de Sir Percival pelo cálice.

Mais tarde, o poeta francęs Robert de Boron publicou Roman de L'Estoire du Graal, escrito entre 1200 e 1210, e que tornou-se a versăo mais popular da história, e já tem todos os elementos da lenda como a conhecemos hoje.

Finalmente, o poeta Wolfram von Eschenbach criou a mais inventiva e surpreendente versăo para a história do Graal, em sua obra "Parsifal", escrita entre os anos de 1210 e 1220. Ele supőe o Graal anterior a Cristo. O Graal teria sido, năo um cálice, mas uma pedra enviada a Terra há muito tempo atrás por espíritos celestiais. O Graal teria sido guardado por uma misteriosa irmandade de cavaleiros, chamados templáisen.

Na literatura medieval, a procura do Graal representava a tentativa por parte do cavaleiro de alcançar a perfeiçăo. Em torno dele criou-se um complexo conjunto de histórias relacionadas com o reinado de Artur na Inglaterra, e da busca que os cavaleiros da Távola Redonda fizeram para obtę-lo e devolver a paz ao reino. Nas histórias misturam-se elementos cristăos e pagăos relacionados com a cultura celta.

Segundo algumas histórias, o Santo Graal teria ficado sob a tutela da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomăo, também conhecida como Ordem do Templo, ou simplesmente "Templários". Instituiçăo militar-religiosa criada para defender as conquistas nas Cruzadas e os peregrinos na Terra Santa. Alguns associam os templários a irmandade que Wolfram cita em "Parsifal".

Segundo uma das versőes da lenda, os templários teriam levado o cálice para a aldeia francesa de Rennes-Le-Château. Em outra versăo, o cálice teria sido levado de Constantinopla para Troyes, na França, onde ele desapareceu durante a Revoluçăo francesa.

Os cátaros, acreditavam que este mundo é o verdadeiro inferno; que a encarnaçăo do Espírito do Cristo foi o verdadeiro sacrifício simbolizado na cruz do calvário. A Igreja Romana via o catarismo como um movimento reformista. No início do século XIII uma armada de cavaleiros do norte desceu pelo Languedoc para exterminar a heresia cátara e requisitar para si os ricos espólios da regiăo.

Conta-se que durante o assalto das tropas ŕs fortalezas albigenses, apareceu no alto da muralha uma figura coberta por uma armadura branca. Os soldados recuaram, temendo ser um guardiăo do Santo Graal. Mas, prevendo a derrota, os cátaros, ocultaram o Santo Graal num dos numerosos subterrâneos onde estaria até hoje.

Nesse contexto histórico poderiam ser explicados os mistérios do Messias e as verdades que a Igreja proibiu sobre a "dinastia do cálice", a matança dos cátaros, as cruzadas e a história do abade Berenger Sauničre em Rennes-le-Château, no Languedoc.

A DINASTIA MEROVINGIA

Segundo algumas lendas, a descendęncia de Jesus era de sangue real, ele próprio herdeiro do trono de Jerusalém por ser descendente do Rei Davi, e migrou para a Europa, particularmente para a França e fundou a dinastia merovíngia, cuja posiçăo, mais tarde, foi usurpada pelos carolíngios e pela Igreja Católica. Neste caso, o sangraal ou sangue real seria a própria descendęncia de Jesus, os merovíngios.

Os merovíngios se diziam descendentes de reis de Tróia, e isto justifica tantas localidades na França que possuem um nome que lembra Tróia, inclusive a cidade natal de Chrétien de Troyes, autor das primeiras histórias sobre o Graal.

Histórias revelam a existęncia de uma sociedade secreta, chamada Priorado de Siăo, que se dedica a defender a descendęncia Merovíngia e seu direito ao trono na Europa. Segundo algumas fontes, o Priorado do Siăo justifica este direito pela descendęncia direta de Jesus e do Rei Davi.

MARIA MADALENA

Além destas lendas, existem também outras histórias paralelas, como a que conta que o Santo Graal, na verdade, é o corpo de Maria Madalena.

Ela seria a esposa de Cristo e deveria ser a herdeira da nova religiăo.

A história também diz que junto ao cadáver desta, estariam preciosos pergaminhos e documentos escritos pelos apóstolos de Jesus e pelo próprio Cristo. Tais pergaminhos segundo a lenda, săo extremamente contraditórios com a Bíblia e portanto um verdadeiro tesouro sobre o legado de Cristo na Terra.

Em 1948, na localidade de Nag Hammadi, foram encontrados pergaminhos que continham evangelhos apócrifos, e cujo conjunto de textos foi chamado de biblioteca de Nag Hammadi.

As cópias destes evangelhos supunham-se perdidas, pois haviam sido proibidas e queimadas pela Igreja após o concílio de Nicéia.

Entre estes documentos antigos encontra-se o "Evangelho de Maria Madalena", que apresenta inconsistęncias com os quatro evangelhos aceitos pela Igreja. Um dos pontos é que entre os seus discípulos, Maria Madalena é a preferida, e é ela que transmite os ensinamentos de Jesus aos outros.

Em outro documento da biblioteca de Nag Hammadi, o "Evangelho de Filipe", faz-se referęncia ao fato que Jesus a ama mais que aos outros discípulos e a beija com frequęncia.

Tudo isto fortalece a hipótese do casamento entre ambos, e que seja Maria Madalena e sua descendęncia os verdadeiros herdeiros da religiăo fundada por Jesus.

Um grande argumento em favor desta uniăo, é a de que era impensável que um judeu, naquela época, chegasse aos 30 anos sem estar casado.

A BUSCA DO GRAAL

Do ponto de vista místico, a busca do Graal representa a busca por uma vida superior, por progresso espiritual. Nas lendas arturianas, só é possivel ŕs pessoas de coraçăo puro e isentas de pecado ver e tocar o cálice.

Para o iniciado, o caminho do GRAAL está indissoluvelmente unido ŕ idéia de um sacrifício e de uma viagem cheia de perigos para alcançar a iluminaçăo, o renascimento ou a "vida eterna" segundo os cristăos. O início e o final da Busca do SANTO GRAAL săo, por isso mesmo, momentos cruciais, pois é uma busca que năo termina. O GRAAL tem que ser constantemente buscado no coraçăo, na mente e no espírito; sua revelaçăo final representa aquele ideal de subida aos planos superiores de existęncia, objetivo máximo de todos os místicos. Ao entrar em comunhăo consigo mesmo, o místico descobre năo uma melancolia - a cor negra, "nigredo" para os alquimistas - mas um parceiro interno, uma relaçăo que se assemelha ŕ alegria de um amor secreto. Este estágio da vida iniciática é representado pela primavera oculta, onde as sementes brotam da terra nua, trazendo as promessas de futuras colheitas.

Non Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo, da Gloriam!
( Năo por nós Senhor, năo por nós, mas para a glória de Teu nome! )


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O SANTO GRAAL


Santo Graal ( ou Sangraal ) é uma expressăo medieval que designa normalmente o cálice usado por Jesus Cristo na Última Ceia. Ele está presente nas lendas arturianas, sendo o objetivo da busca dos cavaleiros da Távola Redonda, único objeto com capacidade para devolver a paz ao reino de Artur. No entanto, em outra interpretaçăo, ele designa a descendęncia de Jesus ( o sangraal ou sangue real ), segundo a lenda, ligada ŕ dinastia Merovíngia. Finalmente, também há uma interpretaçăo em que ele é a representaçăo do corpo de Maria Madalena, a suposta esposa de Jesus e sua herdeira na conduçăo da nova religiăo.


O SIMBOLISMO DO GRAAL

O símbolo do cálice sagrado, enquanto motivo de poder e fonte de milagres, é tăo antigo quanto a História. O SANTO GRAAL teve múltiplos precursores e apareceu sob variadas formas antes de ter sido identificado com o cálice do ritual usado na missa católica. Muitas vezes o GRAAL foi descrito năo como um cálice, mas como uma pedra. Neste sentido o símbolo é profundamente alquímico, ou seja – a conciliaçăo dos opostos mediante a harmonia entre o céu e a terra. A etimologia da palavra Graal é controvertida. Costuma-se considerá-la como oriunda do latim "gradais" - cálice. Outros dizem que "Graal" vem de outra palavra latina - 'graduale' que significa 'gradual" um livro de oraçőes e cânticos místicos.

Os celtas se referiam ao Graal como um caldeirăo e a lenda em torno de um cálice sagrado pode ter relaçăo com a importância que os celtas davam ao caldeirăo, onde os druidas preparavam suas poçőes mágicas.

Esse conceito popular lembrava-lhes abundância e renascimento. Muitos personagens míticos dos celtas estavam envolvidos com esse símbolo: Nasciens, foi transportado por măos invisíveis para uma ilha onde lhe apareceu um caldeirăo mágico; Dagda fortalecia os guerreiros com o alimento do caldeirăo. Outro caldeirăo célebre foi o pertencente ŕ deusa Caridween, que preparou uma poçăo para infundir sabedoria em seu filho.

Os recipientes, como a taça, o caldeirăo e os vasos, săo símbolos do útero, a matriz da vida e a espada o órgăo masculino fecundador. É no vazio que acontece o ciclo permanente de nascimento, morte e renascimento. Os cálices săo oferendas ao espírito desconhecido que preside determinado tempo e local, uma oraçăo que se eleva a Deus, pedindo que seu Espírito desça ŕ terra. Este é o significado sagrado da missa católica: dois movimentos de direçőes opostas – o cálice voltado para o céu e o espírito projetando-se sobre ele – formam o ciclo de dar e receber, o eixo entre o superior e o inferior.


A LENDA ORIGINAL

Antes do século VII, a tradiçăo e a Bíblia propiciaram o desenvolvimento de uma lenda intrigante sobre o cálice sagrado. Diz essa lenda que, antes da criaçăo do homem, houve uma grande batalha no céu. O Arcanjo Miguel e seus anjos guerrearam contra Lúcifer. O adversário e seus anjos combateram ferozmente, diz a Bíblia; "todavia năo venceram, nem acharam mais seu lugar no céu. E a antiga serpente, o Grande Dragăo chamado demônio ou satanás foi expulso de lá sendo atirado para a terra com seus anjos". Diz a lenda que Lúcifer trazia um pedra colada na testa, uma esmeralda que funcionava como um terceiro olho. Quando Lúcifer foi atirado pelo Arcanjo Miguel ŕ terra, a esmeralda partiu-se e sua visăo ficou prejudicada. Um pedaço permaneceu em sua testa dando-lhe uma visăo distorcida de sua situaçăo como anjo caído; o outro fragmento foi guardado pelos anjos. Mais tarde, o Graal foi esculpido neste segundo pedaço.


AS LENDAS DO CÁLICE SAGRADO

Parece que durante sua presença na terra, o GRAAL necessitou de um abrigo e, dado ao seu caráter espiritual, essa habitaçăo deveria ser um templo especialmente projetado para esse fim e oculto da visăo dos profanos.

Mesmo se encararmos o GRAAL como um tema pertencente aos planos inexplorados da alma, restam-nos alguns enigmas históricos relacionados com a figura de Jesus Cristo, José de Arimatéia, o Rei Arthur e, mais tarde, com os estranhos acontecimentos que marcaram a vida e agonia dos Cátaros na regiăo do Languedoc, no sul da França.

Esses episódios, custaram a vida de milhares de pessoas e permanecem até hoje como indicadores da provável existęncia física de um Rei e Sacerdote do Santo Graal. Seria esse o Rei, eterno e onipresente Sacerdote da Távola Redonda, uma versăo medieval inglesa relacionada ŕ mesa da Última Ceia, sob a proteçăo de Arthur ? Ou seria essa Mesa Redonda uma forma de os místicos simbolizarem os círculos do infinito celeste e a egrégora da Grande Fraternidade Branca?

Conta uma antiga lenda cristă, que José de Arimatéia teria recolhido no cálice, usado na Última Ceia, o sangue que jorrou de Cristo quando ele recebeu o golpe de misericórdia, dado pelo soldado romano Longinus, usando uma lança, depois da crucificaçăo.

Em outra versăo, teria sido a própria Maria Madalena, segundo a Bíblia a única mulher além de Maria (a măe de Jesus) presente na crucificaçăo de Jesus, que teria ficado com a guarda do cálice e o teria levado para a França, onde passou o resto de sua vida.

A lenda tornou-se popular na Europa nos séculos XII e XIII por meio dos romances de Chrétien de Troyes, particularmente através do livro "Le Conte du Graal" publicado por volta de 1190, e que conta a busca de Sir Percival pelo cálice.

Mais tarde, o poeta francęs Robert de Boron publicou Roman de L'Estoire du Graal, escrito entre 1200 e 1210, e que tornou-se a versăo mais popular da história, e já tem todos os elementos da lenda como a conhecemos hoje.

Finalmente, o poeta Wolfram von Eschenbach criou a mais inventiva e surpreendente versăo para a história do Graal, em sua obra "Parsifal", escrita entre os anos de 1210 e 1220. Ele supőe o Graal anterior a Cristo. O Graal teria sido, năo um cálice, mas uma pedra enviada a Terra há muito tempo atrás por espíritos celestiais. O Graal teria sido guardado por uma misteriosa irmandade de cavaleiros, chamados templáisen.

Na literatura medieval, a procura do Graal representava a tentativa por parte do cavaleiro de alcançar a perfeiçăo. Em torno dele criou-se um complexo conjunto de histórias relacionadas com o reinado de Artur na Inglaterra, e da busca que os cavaleiros da Távola Redonda fizeram para obtę-lo e devolver a paz ao reino. Nas histórias misturam-se elementos cristăos e pagăos relacionados com a cultura celta.

Segundo algumas histórias, o Santo Graal teria ficado sob a tutela da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomăo, também conhecida como Ordem do Templo, ou simplesmente "Templários". Instituiçăo militar-religiosa criada para defender as conquistas nas Cruzadas e os peregrinos na Terra Santa. Alguns associam os templários a irmandade que Wolfram cita em "Parsifal".

Segundo uma das versőes da lenda, os templários teriam levado o cálice para a aldeia francesa de Rennes-Le-Château. Em outra versăo, o cálice teria sido levado de Constantinopla para Troyes, na França, onde ele desapareceu durante a Revoluçăo francesa.

Os cátaros, acreditavam que este mundo é o verdadeiro inferno; que a encarnaçăo do Espírito do Cristo foi o verdadeiro sacrifício simbolizado na cruz do calvário. A Igreja Romana via o catarismo como um movimento reformista. No início do século XIII uma armada de cavaleiros do norte desceu pelo Languedoc para exterminar a heresia cátara e requisitar para si os ricos espólios da regiăo.

Conta-se que durante o assalto das tropas ŕs fortalezas albigenses, apareceu no alto da muralha uma figura coberta por uma armadura branca. Os soldados recuaram, temendo ser um guardiăo do Santo Graal. Mas, prevendo a derrota, os cátaros, ocultaram o Santo Graal num dos numerosos subterrâneos onde estaria até hoje.

Nesse contexto histórico poderiam ser explicados os mistérios do Messias e as verdades que a Igreja proibiu sobre a "dinastia do cálice", a matança dos cátaros, as cruzadas e a história do abade Berenger Sauničre em Rennes-le-Château, no Languedoc.


A DINASTIA MEROVINGIA

Segundo algumas lendas, a descendęncia de Jesus era de sangue real, ele próprio herdeiro do trono de Jerusalém por ser descendente do Rei Davi, e migrou para a Europa, particularmente para a França e fundou a dinastia merovíngia, cuja posiçăo, mais tarde, foi usurpada pelos carolíngios e pela Igreja Católica. Neste caso, o sangraal ou sangue real seria a própria descendęncia de Jesus, os merovíngios.

Os merovíngios se diziam descendentes de reis de Tróia, e isto justifica tantas localidades na França que possuem um nome que lembra Tróia, inclusive a cidade natal de Chrétien de Troyes, autor das primeiras histórias sobre o Graal.

Histórias revelam a existęncia de uma sociedade secreta, chamada Priorado de Siăo, que se dedica a defender a descendęncia Merovíngia e seu direito ao trono na Europa. Segundo algumas fontes, o Priorado do Siăo justifica este direito pela descendęncia direta de Jesus e do Rei Davi.


MARIA MADALENA

Além destas lendas, existem também outras histórias paralelas, como a que conta que o Santo Graal, na verdade, é o corpo de Maria Madalena.

Ela seria a esposa de Cristo e deveria ser a herdeira da nova religiăo.

A história também diz que junto ao cadáver desta, estariam preciosos pergaminhos e documentos escritos pelos apóstolos de Jesus e pelo próprio Cristo. Tais pergaminhos segundo a lenda, săo extremamente contraditórios com a Bíblia e portanto um verdadeiro tesouro sobre o legado de Cristo na Terra.

Em 1948, na localidade de Nag Hammadi, foram encontrados pergaminhos que continham evangelhos apócrifos, e cujo conjunto de textos foi chamado de biblioteca de Nag Hammadi.

As cópias destes evangelhos supunham-se perdidas, pois haviam sido proibidas e queimadas pela Igreja após o concílio de Nicéia.

Entre estes documentos antigos encontra-se o "Evangelho de Maria Madalena", que apresenta inconsistęncias com os quatro evangelhos aceitos pela Igreja. Um dos pontos é que entre os seus discípulos, Maria Madalena é a preferida, e é ela que transmite os ensinamentos de Jesus aos outros.

Em outro documento da biblioteca de Nag Hammadi, o "Evangelho de Filipe", faz-se referęncia ao fato que Jesus a ama mais que aos outros discípulos e a beija com frequęncia.

Tudo isto fortalece a hipótese do casamento entre ambos, e que seja Maria Madalena e sua descendęncia os verdadeiros herdeiros da religiăo fundada por Jesus.

Um grande argumento em favor desta uniăo, é a de que era impensável que um judeu, naquela época, chegasse aos 30 anos sem estar casado.


A BUSCA DO GRAAL

Do ponto de vista místico, a busca do Graal representa a busca por uma vida superior, por progresso espiritual. Nas lendas arturianas, só é possivel ŕs pessoas de coraçăo puro e isentas de pecado ver e tocar o cálice.

Para o iniciado, o caminho do GRAAL está indissoluvelmente unido ŕ idéia de um sacrifício e de uma viagem cheia de perigos para alcançar a iluminaçăo, o renascimento ou a "vida eterna" segundo os cristăos. O início e o final da Busca do SANTO GRAAL săo, por isso mesmo, momentos cruciais, pois é uma busca que năo termina. O GRAAL tem que ser constantemente buscado no coraçăo, na mente e no espírito; sua revelaçăo final representa aquele ideal de subida aos planos superiores de existęncia, objetivo máximo de todos os místicos. Ao entrar em comunhăo consigo mesmo, o místico descobre năo uma melancolia - a cor negra, "nigredo" para os alquimistas - mas um parceiro interno, uma relaçăo que se assemelha ŕ alegria de um amor secreto. Este estágio da vida iniciática é representado pela primavera oculta, onde as sementes brotam da terra nua, trazendo as promessas de futuras colheitas.

Non Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo, da Gloriam!
( Năo por nós Senhor, năo por nós, mas para a glória de Teu nome! )



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