sexta-feira, 17 de abril de 2009

OS TRES PONTOS


Os 3 pontos:A costume de colocar três pontos após a assinatura de um maçom, não é tão antiga como poderia pretender-se. Ela aparece pela primeira vez em 12 de Agosto de 1774 em uma circular do Grande Oriente da França comunicando um novo valor da anuidade e a mudança de local. Confirmando o anterior vemos que na Constituição de Anderson, documento básico da Maçonaria chamada Moderna, publicada em Londres em 1723, não é usada em parte alguma a escritura tripontuada. Esta forma de escritura, que teria como objetivo principal ocultar a compreensão de textos do entendimento de profanos, não tem sido exclusividade dos maçons; na Corte Pontifícia de Roma existia um tribunal denominado “Tribunal da A C\u8220" que era escrito justamente com as letras A e C seguidas de três pontos. Para uns era interpretado como Augusta Consulta, para outros Auditoris Curea e, inclusive, Auditor Camarae. Esta situação é, até certo ponto, comum em sistemas religiosos ou filosóficos, em que um símbolo ou ensinamento é adotado indistintamente por uns ou por outros. Acontece com a escada de Jacô; a cruz, adotada pela Igreja Católica alguns séculos depois da morte de Jesus; o Ternário, comum, praticamente, a todas as religiões, o avental, usado por todas as importantes religiões e mistérios antigos nas cerimônias de iniciação, etc.Se bem é certo que o maçom deve orgulhar-se de usar os três pontos na sua assinatura, ela não constitui uma obrigatoriedade, considerando que haverá certos casos em que por razões políticas, profissionais, familiares, etc, o maçom poderá ter a necessidade de não manifestar abertamente sua condição de tal. Inclusive, em nosso Ritual de Aprendiz da GLESP as iniciais não sempre são seguidas dos três pontos, tal é o caso das iniciais contidas nas páginas 13, 14, 23, 77, 78, 79, etc. edição 1989. Também, a pessoa que usa os três pontos na sua assinatura não é necessariamente um maçom. Ë como a pessoa que usa um adesivo maçônico no seu carro; já tivemos um caso em nossa Loja em que um irmão ao se encontrar com um carro luzindo um adesivo maçônico ele deu o conhecido toque de três buzinadas, provocando a ira do suposto condutor maçom que imaginou estar sendo criticado na sua condução pelo nosso irmão.O significado simbólico dos três pontos está, evidentemente, relacionado com o Ternário e como todos nos sabemos, o significado é variado e abrange todos os símbolos relacionados com o número três. O primeiro ponto é o origem criador de todo o que existe, o Uno, a Monada, o Princípio Fundamental, a Unidade, é Deus. Os dois pontos inferiores são a Dualidade, são gerados pelo primeiro ponto e, se se juntaram, voltam a ser a Unidade, da qual tiveram nascimento. O ponto superior corresponde ao Oriente em Loja, que é o mundo Absoluto da Realidade, é o Delta Sagrado, e os dois pontos inferiores correspondem ao Ocidente, ou seja o Mundo relativo, o domínio da Aparência, são as duas colunas, como mais um emblema da dualidade. Como podemos ver, a interpretação dos três pontos, são muitas e nelas não poderemos ficar restritos, para não pecar de dogmáticos.

O Despertar da Consciência


Despertar da Consciência



O progresso da Humanidade tem seu início na aplicação das leis de justiça, de amor e de caridade. Princípios sempre defendidos por nossa Sublime Instituição que, justamente por isso, é considerada progressista. Aonde não há Justiça e amor vigora a barbárie e a violência. A Justiça nada mais é do que o respeito ao direito de cada um. É a base para a convivência em sociedade, por conseqüência, mola mestra do desenvolvimento. O amor, por sua vez, substituiu o personalismo. É o triunfo sobre o ego, já que o amor, por definição, é incondicional e não exige retorno.
O amor, juntamente com a Justiça, é outra conquista importante do homem no interminável processo de evolução. O amor é elemento fundamental — um verdadeiro alicerce — na formação de uma personalidade sadia; gera e incentiva um comportamento equilibrado. Uma criança amada é mais confiante em si mesma, tem mais auto-estima, por isso desenvolve seu potencial de forma mais uniforme e rápida, transmitindo aos seus semelhantes o amor recebido.
Amar é ser consciencioso e fazer aos outros apenas o que deseja para si. Amar é compreender as fraquezas e defeitos do outro, é relevar seus erros e saber perdoar. Quem cresce sem amor fatalmente será um adulto seco e desprovido de compaixão, com um senso de justiça deturpado e deficiente.
A caridade é o terceiro ponto desse alicerce, estendido para outras fronteiras além do círculo familiar e fraternal do Homem e do Maçom. Para se viver a caridade precisa-se desenvolver virtudes.
E o que é virtude? Nosso rituais definem muito precisa e apropriadamente o que vem a ser virtude: "é uma disposição da alma que nos induz à prática do bem".
Construir Templos à virtude é cultivar a permanente disposição para querer o bem, é ter a coragem de assumir valores e enfrentar os obstáculos que dificultarão a subida, rumo ao conhecimento.
Logo, para vivenciar a justiça, o amor e a caridade é necessário antes de tudo ser virtuoso
Platão, no século V a.C., já mostrava a virtude como esforço de purificação das paixões. Dizia que o compromisso do homem virtuoso está vinculado à razão que determina o exercício prático, o domínio do corpo.
Para Aristóteles, a virtude é a eqüidistância entre dois vícios: um por excesso, outro por falta. Ele nos alerta sobre a necessidade de sermos prudentes e buscarmos o justo meio, sem o excesso e sem a falta.
Só conseguiremos o justo meio a partir da reflexão sobre as duas partes, utilizando a razão, a justiça e o amor pra não haver enganos, a partir do auto-conhecimento, que nos proporcionará a consciência da nossa realidade atual, e assim, saindo das sombras da ignorância, poderemos atingir elevados patamares, desenvolvendo valores conquistados.
Esses valores e virtudes, indispensáveis no Maçom, são conquistados através da vontade, imbuída de razão. Se temos direitos, temos também deveres, e não somente para com os nossos IIr.:, para com nossos familiares, para com a sociedade, mas principalmente para com nós mesmos, para com o nosso trabalho interior, para o desbaste de nossa Pedra Bruta. A síntese desses deveres está em cumprir com nossa obrigação, para conosco e para com nossos Irmãos. Não podemos somente ser Luz no caminho alheio, temos que, antes de nada, ser Luz no nosso próprio caminho.
Muitas vezes esquecemos de olhar para nós mesmos, em se tratando de mudanças e transformações. Exigimos que os outros mudem, sem no entanto, fazer nada para sair de onde estamos. Não deve haver lugar em nossos Templos para a hipocrisia, para a luta pelo poder, para a vaidade.
E a virtude onde fica? E a Fraternidade, o objetivo de servir, de ser caridoso? Será que esse nunca foi o objetivo? Teria sido apenas uma Luz que se apagou? Onde estão nossos valores, sempre ensinados mas nem sempre empregados?
Na verdadeira Maçonaria não deve haver espaço para brigas por cargos, para a disputa política. A verdadeira Maçonaria é aquela em que vivenciamos o Amor, a Fraternidade, a Verdade, o Dever e o Direito. A verdadeira Maçonaria é aquela que nos proporciona o prazer indescritível de abraçar um Irmão; é aquela que faz com que a convivência fraternal seja um prazer e não uma obrigação semanal.
Precisamos reavaliar nossas atitudes, nossos comportamentos e valores. Estamos realizando o trabalho que chamamos maçônico com respeito e humildade ou com arrogância e orgulho? Estamos realmente cumprindo o que juramos, de forma livre, quando conhecemos a V.: L.:? Estamos realmente cavando masmorras ao vício e levantando Templos à virtude?
Nossa Ordem precisa sair do imobilismo que se encontra. Precisamos, com união e respeito, debater mais nossos problemas em Loja; precisamos aprender a criticar e, principalmente, aprender a ouvir críticas; precisamos, acima de tudo, ser mais tolerantes com os outros e menos tolerantes com nós mesmos; precisamos desbastar nossa Pedra, não a do nosso Irmão.

A Corda de 81 nós :


A Corda de 81 Nós é um símbolo pouco conhecido que existe no Templo maçônico, estando localizado na parte superior de suas paredes, acima das colunas zodiacais.
O material da corda, pese a que é permitido ser esculpida na parede, deve ser confeccionada em material natural podendo ser fibras de sisal, cânhamo, juta, linho ou outro similar.
A costume de substituir materiais naturais por produtos artificiais, deveria ser abolida de nossos Templos porque com isso estamos paulatinamente perdendo o esoterismo que eles transmitem; como exemplos mencionamos o avental que deveria ser de pele de cordeiro e que hoje se permite o uso de material plástico, o acendido das velas com isqueiro e não com fósforos, a substituição das mesmas velas de cera por lâmpadas elétricas, etc.
Os denominados nós, na verdade são laços chamados “laços de amor” e que lembram o amor que deve existir entre os irmãos da Loja.
Cada laço tem uma forma que lembra o ato de geração renovadora já que consiste em um anel (feminino) que é penetrado pela corda (masculino) mostrando como o amor atua na continuidade da vida.
A disposição do laço será a de um oito deitado lembrando o infinito.
Os laços devem estar distribuídos em uma perfeita simetria ao longo da Corda. O primeiro laço ficará sobre o dossel ou o trono do V M e os outros 80 distribuídos em 40 de cada lado até os extremos da Corda situados junto a porta de entrada do Templo, no Oc.
A Corda termina em duas borlas que recebem o nome de Justiça ou Equidade e Prudência ou Moderação.
Esta abertura da Corda, em torno da Porta indica que a Maçonaria sempre estará aberta para receber novos candidatos que se interessem pelo estudo da Verdade, como também para todos os conhecimentos e novas idéias que elevem a espiritualidade do Homem.
O laço que fica sobre o trono do Va Divindade, criador do Universo e de todo o que existe.
Os 40 laços ou nós de cada lado da Corda lembram os 40 dias que durou o dilúvio (Gênesis, cap 7 vers 4: “Farei chover sobre a terra 40 dias e 40 noites”), os 40 dias que Moisés passou no deserto com o Senhor (Êxodo cap 34 vers 28 “E esteve ali com o Senhor 40 dias e 40 noites”), os 40 dias do jejum de Jesus (Matheus cap 4 vers 2 “E, tendo jejuado 40 dias e 40 noites, depois teve fome”) e os 40 dias que Jesus esteve na Terra após a ressurreição (Atos dos Apóstolos cap 1 vers 3 “Sendo visto pêlos Apóstolos por espaço de 40 dias”), 40 anos os israelitas peregrinaram pelo deserto até chegar a Canaã, a Terra prometida; a Quaresma dura 40 dias e antigamente certos doentes mais graves ficavam em quarentena como se tal fosse o período necessário para purificar o doente.
Em numerologia, 40 é o número da penitência e da expectativa.A Verdade está representada pelo número 81; o número 81 também nos está representando a Verdade só que em uma forma oculta, simbolizando que a Verdade não é fácil descobrir, ela exige muito estudo e mesmo assim provavelmente nunca a conheceremos.
O número 1 simboliza a Unidade, o Grande Criador Incriado, Deus, o G e o 8 simboliza o Infinito.
Deus e o Infinito, quando nada mais existe.
Um mais Oito somam Nove, o número perfeito, o número espiritual; 81 é o quadrado de Nove que por sua vez é o quadrado de Três.
Nosso Irmão Oswaldo Ortega é citado em um trabalho sobre a Corda de 81 Laços, do Irmão Ivan Barbosa de Oliveira (Grande Loja de Brasilia), publicado na internet, quando menciona que os 81 laços, estando na parte superior das paredes portanto perto do céu, tem ligação com os 81 anjos que visitam periodicamente a Terra; a cada 20 minutos um anjo desce e dá sua mensagem aos Homens; são 72 visitas no dia e que somados aos 9 planetas, que também nos influenciam, chegamos novamente ao número 81. Conforme nosso Irmão Ortega estes anjos estão representados nos 81 laços.


V – O ASPECTO SIMBÓLICO E FILOSÓFICO E A "LEI INICIÁTICA DO SILÊNCIO"


V – O ASPECTO SIMBÓLICO E FILOSÓFICO E A "LEI INICIÁTICA DO SILÊNCIO"




A Lei do Silêncio nada mais é do que um perpétuo exercício do pensamento.


Calar não consiste somente em nada dizer, mas também em deixar de fazer qualquer reflexão dentro de si, quando se escuta alguém falar.


Não se deve confundir silêncio com mutismo.


Segundo Aslan o primeiro é um prelúdio de abertura para a revelação, o segundo é o encerramento da mesma.


O silêncio envolve os grandes acontecimentos, o mutismo os esconde.


Um assinala o progresso, o outro a regressão.


Dizem as regras monásticas que o silêncio é uma grande cerimônia, pois Deus chega à alma que nela faz reinar o silêncio,


mas torna mudo que se distrai em tagarelices.


Os mistérios na Maçonaria devem ser velados em silêncio, pois em relação ao mundo profano


nossos segredos existem com o objetivo de não poluí-los pelos que não se encontram preparados


para entendê-los, e nada mais perigoso do que a verdade mal compreendida.Somente o homem


capaz de guardar o silêncio será disciplinado em todos os outros aspectos de seu ser, e assim


poderá se entregar à meditação.


Enfim, o silêncio é a virtude maçônica que desenvolve a discrição, corrige os defeitos, permite


usar a prudência e a tolerância em relação aos defeitos e faltas dos semelhantes.


Para encerrar, os Maçons se reúnem em Templos, e "O Templo representa a fortaleza da paz e do silêncio". (Isaías, cap. 30 v. 15).

IV- O RITUAL


IV – O ENFOQUE RITUALÍSTICO



Na abertura dos Trabalhos ouvimos o 2º Diácono responder ao V:. M:. que deve zelar para que


os Irmãos se mantenham em suas colunas com respeito, disciplina e ordem.Na abertura do L:.


L:., ouvimos que "No princípio era o Verbo", onde
reinava o silêncio.




No transcorrer dos Trabalhos, os VVig:. anunciarão o silêncio das colunas, o que significa que


democraticamente foi concedido o direito à palavra.Por fim, encerramos a Sessão jurando pelo


silêncio sobre tudo o que foi visto e falado em Loja.


III – O SILÊNCIO NA INICIAÇÃO

III – O SILÊNCIO NA INICIAÇÃO

Lei do Silêncio é a origem de todas as verdadeiras Iniciações.

Segundo Wirth o ensino deve ser pelo silêncio, nada de palavras que podem faltar com a

verdade.



É na Câmara de Reflexão que o silêncio assume sua maior importância, pois o candidato talvez

não tenha há muito tempo uma oportunidade igual de ficar a sós, em atitude contemplativa, em

meditação, para que possa ocorrer a maturação silenciosa de sua alma.



Ao longo do cerimonial, durante os interrogatórios, poderemos encontrar por diversas vezes

pausas silenciosas para que o candidato possa refletir sobre aquilo que acabou de ouvir.

Voltaremos a deparar com o silêncio ao realizarmos a 3ª viagem, feita com absoluto silêncio.

E será ainda o mote principal do juramento que realizamos na Iniciação.

II – ASPECTOS CONSTITUCIONAIS


Os primeiros catecismos maçônicos do século XVIII diziam que os 3 pontos particulares que distinguiam o Maçom eram a Fraternidade, a Fidelidade e Ser Calado que representavam o amor, a ajuda e a verdade entre os Maçons
As "Old Charges" ou Antigas Obrigações, pregavam o silêncio, a circunspeção e a compostura durante os trabalhos.
A constituição de Anderson pregava a prudência e o silêncio, notadamente em relação aos profanos.
Nos Landmarks de Mackey, o de nº. 23 se refere ao sigilo que o Maçom deve conservar sobre todos os conhecimentos que lhe são transmitidos e dos Trabalhos em Loja, sendo que as cartas constitutivas de todas as Obediências contêm referências com o mesmo sentido.

I – ASPECTOS HISTÓRICOS DO SILÊNCIO


Desde as primeiras civilizações, notadamente as que tinham sociedades iniciáticas, o silêncio é um importante elemento cultural, imposto
Em quase todas, é representado por uma criança com o dedo sobre os lábios.
Constitui-se uma exceção, o antigo Egito, onde existia um "Deus" do silêncio, chamado Harpócrates, com a mesma posição já descrita drasticamente para salvaguardar seus segredos
Entre os magos e sacerdotes egípcios, os iniciados assumiam um estado de silêncio total, a fim de se manterem os segredos e incitá-los à meditação, regra que seria adotada por todas as sociedades iniciáticas posteriormente
Buda, em 500 a. C., também valorizava o silêncio como condição para a contemplação.Os Essênios tinham como principais símbolos um triângulo contendo uma orelha e outro contendo um olho, significando que a tudo viam e ouviam, mas não podiam falar, por não terem boca.
Dentre os mistérios gregos, encontramos o de Orfeu, que com a magia de seu canto e de sua música executada numa lira, silenciava a natureza e a tudo magnetizava.Eurípides, no verso 470 de sua obra " Os Bacantes" diz que verdadeiros são os mistérios submetidos à lei do segredo. A palavra mistério deriva de "myein" que significa "boca fechada".
Pitágoras criou a escola Itálica e seus discípulos se distinguiam em 3 graus, sendo o 1º o "acústico", assim chamado porque era destinado aos aprendizes que só deviam ouvir e abster-se de manifestação.
Para os Talhadores de Pedras, o segredo e o silêncio sobre sua arte era uma questão de sobrevivência, constituindo-se inclusive num salvo-conduto.Os monges da Ordem de Císter tinham como uma de suas principais regras o silêncio para a reflexão.
A G:. L:. U:. da Inglaterra adotou, após sua unificação, a legenda "AUDI, VIDE, TACE", ou seja, "Ouça, Veja, Cale".Como pudemos perceber, temos inúmeros exemplos da importância do silêncio ao longo da história.

o significado do silencio do maçon


A palavra silêncio é derivada do latim “silentiu” e significa interrupção de ruído ou estado de quem se cala.

Na Maçonaria, o silêncio tem um rico significado e é sobre este aspecto que nós o estudaremos.


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