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Franco-maçonaria, ou simplesmente maçonaria é uma organização fraternal que tem como princípio básico o amor fraternal, a prática da caridade e a busca da Verdade. Existe um velho dito popular que diz: "A Maçonaria escolhe homens de bem e os faz ainda melhores."
É freqüentemente constatado que os homens são o produto do meio que eles freqüentam durante as suas vidas. A Maçonaria oferece a cada um de seus membros a oportunidade de se desfrutar da convivência regular com homens de bom caráter, o que reforça o seu próprio desenvolvimento pessoal e moral. É evidente que a maçonaria também procura ser agradável aos seus associados, não devendo ser vista simplesmente como um clube filosófico, mas sim como uma vibrante associação de homens que buscam desfrutar, na companhia de cada um, os agradáveis resultados decorrentes de sadia e fraternal convivência
A garantia dessa fraternal convivência é conseguida pela proibição de discussões político-partidárias ou religioso-sectárias, visto que esses assuntos tem dividido os homens ao longo de sua história. Os maçons, sem discutir suas crenças pessoais nestes dois assuntos, incentivam os homens a ser religiosos sem particularizar uma religião e os encoraja para serem ativos nas suas comunidades, também sem particularizar o meio de expressão política.
Os maçons aprendem seus preceitos em reuniões, que seguem liturgias , herdadas dos usos e costumes dos antigos (medievais) construtores de catedrais, utilizando como meio de transmissão dos seus ensinamentos, os símbolos e as alegorias dos antigos pedreiros.
Entre outras coisas, nas Lojas maçônicas se aprende a amar a pátria em que se vive, a se submeter às leis e às autoridade legalmente constituídas e considerar o trabalho como um dever essencial ao ser humano.
A Maçonaria ensina e pratica os princípios e os ideais da decência, honestidade, gentileza, amabilidade, honradez, compreensão e afeto.
A maçonaria não tem um chefe propriamente dito, mas cada Grande Loja é presidida por um oficial denominado Grão-Mestre, eleito periodicamente pelo povo maçônico da jurisdição da própria Grande Loja. Dentro da jurisdição da sua Grande Loja, o Grão Mestre é a autoridade máxima.
Sim, assim como em todas as organizações, as Lojas para prover as necessárias condições para o seu funcionamento geram despesas, as quais são rateadas entre os seus membros.
Todo maçom possui e usa nas reuniões da sua Loja um avental que irá sempre lembrá-lo de que a pureza da alma é um pré-requisito essencial para o trabalho de aperfeiçoamento moral e desenvolvimento intelectual que cada novo maçom deve e persistir por toda a sua vida.
Quanto ao racismo a maçonaria estabelece explicitamente a igualdade entre os homens sem considerar sua raça, credo ou cor.
Quanto ao "elitismo", tal situação é difícil de ser definida. Se você achar que os maçons são homens que para serem convidados devam possuir qualidades que os distingam como pessoas de reputação ilibada, tementes a Deus, bons chefes de família, bons profissionais e dedicados aos interesses maiores da comunidade em que vivem, então você pode achar que os maçons sejam "elitistas".
Como se depreende, os critérios de seleção não se baseiam em valores materiais. A maçonaria congrega uma ampla faixa de pessoas: profissionais liberais, comerciantes, professores, artistas, políticos, trabalhadores especializados, comerciários, bancários, banqueiros, militares, policiais, empresários, etc.
Perante a maçonaria são todos iguais.
Não. Dificilmente seria aprovado um candidato que queira ingressar na Maçonaria apenas por interesses comerciais. Entretanto, em decorrência do fato de que, em geral, os maçons se tornam amigos, não se deve estranhar quando algum negócio seja firmado entre eles. Vide também:
"Cuidado! O senhor não deve ser maçom"
A maçonaria é uma sociedade secreta, certo?
Errado. Sociedades secreta geralmente são definidas como organizações desconhecidas do público e sua existência seja escondida.
A Maçonaria, por outro lado, é bem conhecida e se orgulha de demonstrar sua existência. Seus Templos e suas Lojas são facilmente identificados e muitos deles figuram nas listas telefônicas. Muitos de seus membros costumam usar anéis, distintivos de lapela, prendedores de gravata que os identificam como Maçons. Frequentemente os maçons participam ativamente junto a sua comunidade em trabalhar assistenciais. Finalmente, algumas atividades maçônicas são abertas e acessíveis ao público. (Leia também: "
O Sigilo Maçônico")
A maçonaria é uma religião, certo?
Errado. Religião é um termo comumente usado, mas implicitamente abrange diversas pré-requisitos, dos quais destacamos alguns: um plano de salvação ou um caminho pelo qual se alcançará uma vida futura, post-morten; explicações teológicas que tentam descrever a natureza de Deus e a descrição dos meios ou práticas pelas quais homens e mulheres podem procurar se comunicar com Deus.
Na maçonaria não existe nenhuma dessas coisas, ela não oferece nenhum plano de salvação e não estuda a Palavra de Deus no sentido teológico. Entretanto, estimula o desenvolvimento da religiosidade do maçom, imprimindo em seu coração as doutrinas essenciais determinadas na sua Palavra, especialmente no que concerne ao exercício do Amor Fraternal e que nenhum homem deve iniciar um importante empreendimento sem primeiro pedir a proteção de Deus.
Os maçons são anti-Católicos, certo?
Errado. Nada existe a esse respeito nas tradições e rituais maçônicos. Saliente-se que cada maçom possui suas próprias convicções religiosas e todos convivem fraternalmente nas reuniões de suas Lojas e for a delas. A maçonaria combate o sectarismo religioso em qualquer de suas manifestações e respeita a crença e a profissão religiosa dos seus membros. Leia também:
Cardeal celebra Missa para Maçons
Os rituais maçônicos criam situações embaraçosas para os candidato a ingresso, certo?
Errado. Os rituais em geral e os utilizados na cerimônia de ingresso foram escritos para sublinhar virtudes que deverão ser desenvolvidas pelos candidatos, tais como, Justiça, Amor Fraternal, Temperança, Caridade, Solidariedade, etc. Atualmente usa-se nos rituais uma linguagem erudita e ricamente ilustrada por simbolismos. Em nenhum momento são criadas situações que possam embaraçar ou desagradar os candidatos, ou que poderiam violar suas convicções patrióticas, crença religiosa ou de sua família.
Estas perguntas e respostas foram originalmente compiladas pelo Ir. Nelson Curti (ARLS Flor de Lis), em Novembro 1996. O Ir. Kleber introduziu algumas modificações no texto original, criando a presente versão. Se você tem sugestões para melhorar as respostas ou criar novas perguntas, escreva para o Ir. Kleber.
Revisado em: março 08, 2004.
O SENHOR NÃO DEVE SER MAÇOM
Por ocasião do transcurso do 154º de autonomia político – administrativa da cidade sul mineira de São Sebastião do Paraíso, a Loja Maçônica Fraternidade Universal fez distribuir a seguinte advertência "contra" a Maçonaria:
Ser maçom é ser amante da sabedoria, da virtude, da justiça, da humanidade.
Ser maçom é ser amigo dos pobres, desgraçados que sofrem, que choram, que tem fome; que chamam pelo direito, pela justiça e os utilizam como única forma de conduta, o bem de todos o seu engrandecimento e progresso.
Ser maçom é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz do gênero humano.
Ser maçom é derramar por toda a parte os divinos esplendores da instrução: educar para o bem, inteligência; conceber os mais belos ideais do direito, da moralidade, da honra e praticá – los.
Ser maçom é levar para o terreno prático, aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e todos os séculos, que diz com infinita ternura aos homens de todas as raças, desde o alto de uma cruz e cm os braços abertos ao mundo: "Amai – vos uns aos outros, formai uma só família, sedes irmãos".
Ser maçom é pregar a tolerância; praticar a caridade sem distinção de raças, crenças ou opiniões, é lutar contra a hipocrisia e o fanatismo.
Ser maçom é viver para a realização da Paz Universal, tendo pelos vivos o mesmo respeito que se dedicam aos mortos.
Se o senhor não reúne estas condições, afaste – se da Maçonaria.
Autor desconhecido
publicado em "A Voz do Vale do Rio Grande", Paulo de Faia, SP, em 4 de Janeiro de 1976
Colaboração especial do Jornalista Filatélico Moises Garabosky
CARDEAL CELEBRA MISSA PARA MAÇONS
Extraído do jornal o Estado de São Paulo, Dezembro de 1975
A catedral de Salvador estava repleta de maçons quando na manhã do dia de Natal, o cardeal
Avelar Brandão Vilela,
arcebispo de Salvador, celebrou missa solene em ação de graças pelo transcurso do aniversário de uma Loja Maçônica baiana. A missa, a primeira celebrada em vários séculos por intenção dos maçons, coroou um período de aproximadamente um ano de entendimentos sigilosos entre a Igreja Católica e a Ordem Maçônica, no Estado, e poderá ainda ser um passo definitivo para o congraçamento das duas instituições, há séculos separadas por questões teológicas.
Dirigindo – se aos maçons ("
Meus irmãos em Cristo Jesus") Dom Avelar historiou, rapidamente, durante a missa os entendimentos mantidos com os representantes da Maçonaria para a reaproximação com a Igreja Católica, afirmando, a seguir, que aquela reunião na catedral "
não era uma imposição, mas a expressão de boa vontade que Deus deseja dos seus filhos, o resultado de um diálogo que vem de algum tempo e através do qual se pôde chegar a essa assembléia de fraternidade e concórdia, exemplo para o Brasil e o mundo".
Dom Avelar revelou ainda que o papa fez recentemente uma consulta a todos os bispos acerca da aproximação dos maçons com a Igreja, pois conhecia a ânsia dos pastores para que se encontrasse uma maneira digna de "
por fim a uma divergência que não tinha mais sentido".
Chamou atenção para a disposição da Igreja Católica em "
ver os problemas da época, reformulando, quando necessário, posições assumidas no contexto de outras circunstâncias".
O grão – mestre da Maçonaria baiana,
Florival Bastos Ferreira, disse, em nome dos maçons, que toda Ordem Maçônica da Bahia (que reúne mais de 8 mil membros de 77 Lojas em todo o Estado, sendo 15 na Capital e 62 no interior) estava muito grata ao cardeal e aos "pacificadores" (como ele trata os maçons que integram uma comissão responsável pelos diversos contatos mantidos com o cardeal ), pela reaproximação. Segundo ele, existem ainda pequenos pontos que deverão ser superados nas conversações que ainda farão com Dom Avelar "
era busca da paz completa".
Colaboração especial do Jornalista Filatélico Moises Garabosky