quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O MAÇOM TEM QUE SER LIVRE E DE BONS COSTUMES.

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O MAÇOM TEM QUE SER LIVRE E DE BONS COSTUMES.




 Livre e de bons costumes.


Conforme Rizzardo da Camino é a condição exigida para que um profano possa ingressar na Maçonaria por meio da Iniciação.
Não basta o candidato ser politicamente livre, não basta que tenha um comportamento moral comum.
A Maçonaria proclama que a sua filosofia tem base na tradição, nos usos e nos costumes.
Portanto, “costumes” não é um mero comportamento, uma conduta moral, mas sim um universo de práticas que conduzam o ser humano a uma vida espiritual.
O candidato deve comparecer Iniciação com uma disposição quase inata de “amar o seu futuro irmão” como a si próprio.
Isso exige um comportamento para com o seu próprio corpo, para com a sua própria alma e para com o seu espírito.
Se o objetivo de um candidato for ingressar numa associação privativa, fechada e misteriosa, então não só está enganando si próprio, assim como aos demais.
Ser “Livre e de Bons Costumes” constitui uma exigência de muito maior profundidade do que parece à primeira vista.
Seria muito cômodo aceitar um candidato que politicamente é livre, pois não há mais escravidão no mundo ou um que penalmente não se encontre preso cumprindo alguma pena.
A liberdade exigida é ampla, sem compromissos que inibam o cumprimento das obrigações maçônicas, sem restrições mentais e religiosas.

Livre = Liberdade

Não há nada mais perigoso do que esse conjunto de nove letras, porque freqüentemente, em nome da Liberdade se cometem os mais hediondos crimes.
A Liberdade exige um conjunto de ações complementares.
Uma falsa liberdade oprime e desajusta, desequilibre e desilude.
Como exemplo, temos as Constituições de países que se proclamam livres e que se inserem no texto que “todos são iguais” e “com as mesmas oportunidades”, o que não é exato.
Nem toda a população em idade escolar pode usufruir do ensino; nem todos os enfermos têm atenções médicas, nem todos que desejam trabalhar obtêm emprego; o lazer e a diversão não são distribuídos equitativamente; a igualdade fica na dependência dos recursos financeiros.
Um pobre que consegue subsistir porque somente ganha para a escassa alimentação, não pode fazer parte do “maravilhoso artigo constitucional de igualdade”.
 Lema Maçônico de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” é um todo; a Maçonaria envida todos os seus esforços para que seu lema se torne realidade e seja um “manto” para toda a humanidade.
Ainda, fora do aspecto social e político, o pensamento do ser humano deve ser LIVRE, a consciência e a espiritualidade não podem ter limites ou freios.
O conceito amplo de Liberdade vem descrito em dois documentos internacionais que merecem respeito e aplausos.
A Declaração dos Direitos Humanos proclamada pelas Nações Unidade (ONU) e a Declaração do Concílio Vaticano II “Dignitatis Humanae”.
O primeiro é de inspiração Maçônica e o segundo é de inspiração Evangélica.
A Maçonaria se preocupa com a Liberdade individual de seus filiados, com a Liberdade grupal (da própria instituição) e com a Liberdade da Humanidade.

Os fundamentos legais da Maçonaria.

Temos duas fontes básicas para o estudo dos preceitos legais que norteiam a Maçonaria.
A primeira destas bases está sentada na tradição oral, enquanto que a segunda se fundamenta sobre os documentos escritos.
A tradição oral nos leva a mais primitiva forma do direito que, normalmente, é chamado de direito consuetudinário. (fundado nos costumes)
Esta fonte é comum em quase todas as doutrinas de direito, formando, por conseguinte, um conjunto de normas não escritas e, portanto, imutáveis.
Esta tradição de normas imutáveis, portanto, são fundamentais para estar associada ao próprio ser humano.
Como exemplos clássicos, nós podemos lembrar, Os Dez Mandamentos das religiões cristãs, Os Princípios Básicos do Direito Romano e os principais Fundamentos da Constituição Inglesa.
A Maçonaria também não é diferente e fundamenta-se nos chamados “Landmarks”.
“Landmark” trata-se de uma palavra inglesa que poderíamos traduzir por marco divisório.
Ao pé da letra seria marca de terra.
Juntando-se as duas definições, podemos entender “Landmark” como um limite claramente estabelecido.
Teríamos então, que os Landmarks seriam balizas imutáveis e obrigatoriamente respeitadas por toda a maçonaria.
A partir desse entendimento, qualquer desrespeito a estas normas descaracterizaria totalmente a Instituição, que deixaria assim de ser um organismo Maçônico.
Os “Landmarks” são, portanto, normas de uso antigo, universamente aceitos e completamente imutáveis.
No entanto, encontramos uma enorme variação daquilo que é entendido como “Landmark”, de um para outro autor.
Encontramos este relacionando apenas cinco “Landmarks” enquanto outro relaciona cinqüenta e quatro.
Se levarmos em consideração as características dos “Landmarks” como: antiguidade, universalidade e imutabilidade, nós vamos sentir que bem poucas normas poderiam ter estas características.
Nós também não pretendemos fazer críticas a nenhuma dessas relações.
Para finalizar e par mostrar o nosso pensamento a respeito do assunto, vamos apresentar exemplos do que poderíamos considerar como “Landmarks”:

1 – O sigilo Maçônico.
2 – A crença no GADU.
3 – O trabalho Maçônico deve ser realizado apenas dentro das Lojas.
4 – A necessidade absoluta da cobertura do Templo durante os trabalhos.
5 – A administração da Loja deve ser feita, obrigatoriamente, por um Venerável e dois Vigilantes

Eis algumas conceituações de ser “Livre”.

A pior escravidão é ser escravo de si mesmo.
Por exemplo:
Sem intenção de crítica mordaz, considerando que, pelo menos, a metade dos Maçons entrega-se ao vício do cigarro ou da bebida alcoólica, sabendo-se que esses vícios escravizam, porque quem dele for escravo não consegue se libertar.
Como poderão responder que para ser Maçom, devem sentir-se livres e de bons costumes?
 E o que comentar sobre os demais vícios convencionais ou, os que ele nem sequer se da conta de que os está cometendo?
- O vício da análise apressada sobre alguma atitude de um Irmão.
- O vício de que o homem é livre do Poder Divino.
- O vício de que a sua mente lhe basta para solucionar problemas.
- O vício do apego de um cargo ou função, a ponto de julgar-se indispensável.
O ser humano é uma ilha no mar dos vícios e, por isso, está sujeito a ser rodeado e dominado pelos vícios.
A quantidade deles é muito grande, e assim não podemos catalogá-los, seria um trabalho indigente.
Vício é tudo aquilo que é nocivo à nossa atuação “dentro de nós mesmos”, como a revolta por nos julgarmos infelizes, o egocentrismo, a materialização do que deve ser espiritualizado, tudo isso nos leva a uma listagem sem fim.
Na conceituação “Maçônica”, o “ser livre” constitui um universo de ações que ressuscitam, exclusivamente, da “Nova Criatura” que veio da Iniciação.
“Ser Livre” que condição terrificante!
Para ser livre, faz-se necessário libertar-se dos entraves.
O Maçom pode afirmar: “Eu sou livre”, uma vez que para que possa conscientizar-se que, “não é ele que vive”, mas Deus (o Eu Sou) quem vive nele.
É usar o próprio órgão da fala, como “Instrumento de Deus”.
Aqui, referimos o Ser Supremo como Deus e não como o Grande Arquiteto do Universo, somente para sublimar a divindade.
O Grande Arquiteto do Universo “constrói” algo em nós.
Deus vem “habitar” em nós.
Trata-se de concepções filosóficas não rígidas, mas maleáveis para nos expressar com maior clareza.


Fontes Consultadas:

Rizzardo Camino – Catecismo Maçônico – Editora Madras.
Rizzardo Camino - Dicionário Maçônico – Editora Madras.
Joaquim Roberto Pinto Cortez – Fundamentos da Maçonaria – Editora Madras.





 andreia caetano piumhi/mg



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