sábado, 5 de junho de 2010

MAÇONARIA

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A MAÇONARIA
A Maçonaria é em termos gerais uma associação de pessoas que preservam entre si princípios de fraternidade e se reconhecem por sinais, toques e palavras. Além de ocultar os seus conhecimentos na interpretação dos símbolos e emblemas. Os Maçons reunem-se em Lojas e cada Loja maçônica possui um "Lider", que é eleito entre os membros desta Loja, sendo este tratado por Venerável Mestre.
A Maçonaria universal compreende basicamente os graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre. É uma organização discreta que se auto define como filosófica, filantrópica e educativa progressista. Por manter os seus ensinamentos e rituais em segredo, transmitindo-os apenas aos seus membros, a maçonaria é alvo de muita curiosidade e críticas. Deve-se destacar a influência que a Maçonaria exerceu e continua exercendo em todos os níveis da sociedade, seja Brasileira, seja Internacional.
A Maçonaria usa um sistema de graus para passar os seus ensinamentos aos seus membros, cujo acesso é obtido por meio de uma Iniciação (Ritual de aceitação) a cada grau.
O nome Maçonaria provem do francês maçonnerie ou do inglês masonry que significa construção. Esta é feita por um maçom (pedreiro) em suas lodges (canteiros de obras). Algumas correntes afirmam que a palavra é mais antiga e tem origem na expressão copta Phree Messen, cujo significado é "filhos da luz".
Havia dois tipos de pedreiros, na Idade Média, o rough mason (pedreiro bruto) que trabalhava com a pedra sem extrair-lhe forma ou polimento e o free mason (pedreiro livre) que detinha o segredo de polir a pedra bruta e erigir construções.

De Maçonaria Operativa para Maçonaria Especulativa

Possivelmente, a Moderna Maçonaria tenha se originado na Escócia para onde foram, segundo algumas lendas, diversos membros templários, fugindo da Inquisição da Igreja católica. Eles teriam se associado a Guildas Maçônicas passando a estas, vários de seus conhecimentos filosóficos e esotéricos. O próprio Robert de Bruce, o rei que libertou a Escócia da dominação inglesa pertencia à sociedade maçônica.
Como se vê, a transição da Maçonaria Operativa para a Maçonaria Especulativa (forma como esta organização apresenta-se, hoje) dá-se de forma imperceptível. As Lojas de Maçons Operativos foram progressivamente recebendo membros que não pertenciam ao ofício da construção, que eram chamados de “Maçons Aceitos”, e que podiam participar de suas discussões após serem iniciados.
No século XVIII, dois fatos vão marcar a evolução da Maçonaria Especulativa:
  1. Secularização característica contendo, de acordo com a ideologia das Constituições de Anderson, um fundamento no qual todos os homens parecem concordar: o deísmo, que é uma forma de religião natural e que busca a felicidade em qualquer lugar.
  2. Tendência à universalidade que se manifesta por uma abertura muito próxima aos pensamentos dos Iluministas, caracterizados pelo respeito à tolerância e à fraternidade. A Revolução consagrou este estado de espírito, manifestado por muitos maçons, com a defesa dos Direitos Humanos e do Cidadão e a luta incansável contra toda forma de escravidão.
Um dos grandes e recentes trunfos da Maçonaria foi a elaboração da Constituição da Comunidade Européia, dirigida pelo Maçom Giscard D'Estaing.
A maçonaria teve influência decisiva em grandes acontecimentos mundiais, tais como a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos. Tem sido relevante, desde a Revolução Francesa em diante, a participação da Maçonaria em levantes, sedições, revoluções e guerras separatistas em muitos países da Europa e da América. No Brasil, deixou suas marcas, especialmente na independência do Brasil do jugo da metrópole portuguesa e, entre outras, a inconfidência mineira e na denominada "Revolução Farroupilha", no extremo sul do país, tendo legado os símbolos maçônicos na bandeira do Rio Grande do Sul, estado da Federação brasileira. Vários outros Estados da Federação possuem símbolos maçônicos nas suas bandeiras, como Minas Gerais, por exemplo.

Ritos

Atualmente a Maçonaria possui dois principais ritos: o escocês (de 33 graus) e o de York. O rito escocês é uma simplificação do Antigo Rito de Memphis-Mizraim que possuía de 90 a 97 graus (dependendo da versão), e que foi adotado por Ordens maçônicas no século XIX. Outro rito que cresce muito no Brasil é o Schröder.
Os Rituais de Schröder (recomenda-se pronunciar “chreder”) foram aprovados em 29 de junho de 1801 pela Assembléia dos Veneráveis Mestres das Lojas da Grande Loja Provincial de Hamburgo e da Baixa Saxônia (pois naquela época a Alemanha ainda não fora unificada) e rapidamente conquistaram a aprovação de muitas Oficinas de língua germânica. Posteriormente foram adotados por alemães e seus descendentes em diversos países. No Brasil, com a colonização germânica no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o Rito estabeleceu-se inicialmente no idioma Alemão. Mais tarde o Ritual foi traduzido para o Português, sendo reconhecido por diversas Grandes Lojas Estaduais - C.M.S.B., pelo Grande Oriente do Brasil - G.O.B. e pelos Grandes Orientes Estaduais Independentes - C.O.M.A.B.

No Brasil

Apesar de historiadores terem omitido alguns fatos, avaliando os anais da história, fica claro que a Maçonaria teve participação crucial na História do Brasil, principalmente no primeiro período republicano. Sendo que muitos dos acontecimentos que se sucederam, tomaram corpo dentro de algumas Lojas Maçônicas. Influenciou a Inconfidência Mineira, a Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), a Conjuração Baiana, a Abolição da Escravatura, a Proclamação da República e a Independência do Brasil.
O imperador D. Pedro I era maçom, chegando inclusive a ocupar o cargo de Grão Mestre (maior cargo dentro da Maçonaria Simbólica) do Grande Oriente do Brasil; quando D. Pedro I rompeu com a Maçonaria, os maçons desencadearam célebre vingança, obrigando-o a abdicar em favor de seu filho ainda infante, para retornar a Portugal. Lá, morreu ainda jovem, de estranha doença. A maioria dos militares ligados à proclamação da República eram maçons. Aliás, todo o ministério do primeiro presidente, Deodoro da Fonseca, era composto por maçons. Foi igualmente iniciativa da Maçonaria a renúncia do Presidente Jânio Quadros, que apontava a presença de "forças ocultas" na sua decisão. A Maçonaria se fez presente na Revolução de 1964, com todos os membros da junta militar pertencentes aos seus quadros.
 
 








 





 




   
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